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Áudios de juíza assassinada apontam que ex-marido extorquia dinheiro dela

Em mensagens de voz, Viviane Amaral, esfaqueada por Paulo Arronenzi na frente das três filhas, afirma que depositou dinheiro superior a pensão que recebia

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
31 dez 2020, 17h34

A juíza Viviane Vieira do Amaral foi assassinada a facadas pelo ex-marido e engenheiro Paulo José Arronenzi no dia 24 de dezembro, na frente das três filhas. Na última quarta-feira (30), o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro denunciou Arronenzi por homicídio quintuplicamente qualificado. No dia seguinte, áudios revelaram que ela era extorquida pelo ex-companheiro. 

Segundo as mensagens por voz enviadas para uma amiga, e divulgadas pelo O Globo, Viviane conta que, após a separação, ela era pressionada a transferir dinheiro para o engenheiro. “Eu achava que depois do divórcio, se eu desse tudo do jeito que ele tava querendo, tudo ia acabar. Mas não, piorou”. 

“Eu morro de medo dele, sempre fiquei pianinho com medo das alterações dele, dos desvios de comportamento, das violências que ele fazia”, diz em outro áudio sobre Arronenzi. 

A juíza conta que decidiu pela separação após uma briga do engenheiro com uma das filhas. Na ocasião, ele jogou um copo de vidro no chão e um pedaço acabou cortando a criança. “Quando ele machucou a minha filha, chegou ao limite”, disse. 

Após o divórcio, Arronenzi insistia em falar com Viviane, pedindo dinheiro constantemente. “Já fiz vários depósitos pra ele. Fica me pedindo dinheiro disso, daquilo. Quando eu vi, já tinha depositado pra ele mais do que ele me deu de pensão esse mês”, conta em uma das mensagens de voz.

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De acordo com O Globo, os áudios chegaram à Delegacia de Homicídios por parentes da juíza assassinada e integram o inquérito contra o ex-marido. As três filhas do casal estão sobre os cuidados da avó materna. 

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A denúncia

Viviane Vieira do Amaral foi esfaqueada na frente das filhas e a polícia acredita que o assassinato foi premeditado, feito de maneira consciente e voluntária. De acordo com a denúncia, o crime é enquadrado como feminicídio e qualificado pela presença das crianças, com idades entre sete e dez anos. 

A denúncia apontou como qualificadora o inconformismo com o término da relação, principalmente pelas consequências financeiras na vida do acusado, um motivo torpe do assassinato segundo a acusação.

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Também houve mais uma qualificação pelo fato do esfaqueamento ter sido de surpresa, enquanto a vítima descia do carro, o que dificultou a defesa. A crueldade foi outro qualificador do homicídio.

A Promotoria de Justiça espera que a condenação inclua uma indenização de Arronenzi por danos morais e materiais causados à família da ex-mulher. Ele foi preso em flagrante na véspera do Natal, no dia 24 de dezembro. 

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