Continua após publicidade

Ativistas seguem presos após conflito com grupo de direita

Direita São Paulo protestava na Avenida Paulista contra o auxílio a imigrantes que chegam ao Brasil; dono do bar palestino Al Janiah está entre os detidos

Por Estadão Conteúdo
3 Maio 2017, 09h26
Ao menos quatro ativistas de movimentos de defesa de imigrantes e refugiados estão detidos desde o início da madrugada desta quarta-feira (3), no 78º Distrito Policial (Reprodução / Facebook/)
Continua após publicidade

Ao menos quatro ativistas de movimentos de defesa de imigrantes e refugiados estão detidos desde o início da madrugada desta quarta-feira (3), no 78º Distrito Policial (DP), na região dos Jardins, em São Paulo. A delegacia confirmou as detenções e que a ocorrência está em andamento, mas não informou quais são as acusações contra os presos.

Eles entraram em conflito com manifestantes do grupo Direita São Paulo que, na noite passada, protestava na Avenida Paulista, na região central, contra o auxílio a imigrantes que chegam ao Brasil. Em páginas de grupos pró e contra imigrantes nas redes sociais, representantes se acusam mutuamente pelo início do tumulto.

Cerca de cinquenta pessoas solidárias aos presos iniciaram vigília em frente ao DP desde em torno da 0h, cercadas por uma equipe de policiais armados com fuzis, do Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos. A Secretaria de Segurança Pública do Estado informou que um homem de 28 anos detido e um jovem de 17 apreendido durante a confusão assinaram termos circunstanciados por desobediência e já foram liberados.

Continua após a publicidade

Na madrugada, a reportagem foi informada de que havia sete detidos. Dentre os presos, está o imigrante Hasan Zarif, integrante do grupo Palestina Para Todos e proprietário do restaurante e bar palestino Al Janiah, localizado no bairro do Bixiga, localizado no centro da capital. O advogado dele, Hugo Albuquerque, e a mãe de um dos jovens presos, um estudante de 18 anos, reclamaram da demora em poder contatá-los e da falta de informações repassadas pela polícia.

O início da briga não ficou claro, mas, segundo Albuquerque, manifestantes foram em direção a Zarif e houve troca mútua de provocações que terminaram em agressões. Já os militantes de direita alegam que um imigrante teria lançado uma bomba caseira contra eles.

O protesto contestava a Lei da Migração, já aprovada pelo Senado que pode facilitar o acolhimento de mais imigrantes no País. Os manifestantes também exaltavam o trabalho da Polícia Militar e gritavam que “comunistas têm que morrer”. Em novas postagens, alguns afirmam que os imigrantes “trouxeram o terrorismo para o Brasil” e pedem uma nova intervenção militar no País.

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Domine o fato. Confie na fonte.
10 grandes marcas em uma única assinatura digital
Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de São Paulo

a partir de 49,90/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.