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Estudantes relatam série de abusos sexuais próximos à PUC

Grupos espalharam cartazes em vias no entorno da universidade para alertar sobre ataques 

Por Rogério Dias
Atualizado em 1 jun 2017, 16h11 - Publicado em 13 Maio 2016, 14h14

Uma onda de assédios tem causado preocupação em estudantes da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. As alunas penduraram cartazes no entorno da universidade, no bairro de Perdizes (Zona Oeste), para alertar os colegas sobre o risco de transitar pela região. 

Uma estudante de 20 anos do curso de jornalismo afirmou que foi abusada sexual após deixar a faculdade por volta das 22h30. “Saí da faculdade e fui até o ponto de ônibus da Rua Cardoso de Almeida. Infelizmente, naquele dia, 25 de abril, o local estava vazio por que a condução havia acabado de passar. Resolvi, então, descer e tentar pegar um ônibus na contramão, pois não sabia quanto tempo levaria para passar o próximo. Fui abordada por três homens”, contou ela a VEJA SÃO PAULO. 

Ainda segundo ela, os suspeitos eram altos, magros, bem vestidos e facilmente se passariam por alunos da PUC. “Eles já sabiam o que queriam. O maior deles me segurava e fez o que sentiu vontade, com meu vestido levantado. Não, não houve penetração”, relata. “Apanhei, fui tocada e, por sorte, tudo não demorou muito tempo pra acabar”.

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A estudante conta que, durante a agressão, teve um dedo luxado e ficou com hematomas nas costelas e nas pernas. Os suspeitos ainda levaram 60 reais. A jovem afirma que não fez boletim de ocorrência nem entrou em contato com a universidade. “Eu sei que esses processos são dolorosos e que dificilmente terão retorno. Quem notificou a faculdade sobre o ocorrido foram outras alunas.”

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Depois desse caso, outros também foram relatados. Nos últimos dias, estudantes afirmaram que houve um aumento do policiamento no entorno da universidade. Os ocorridos também mobilizaram coletivos de alunos. O Yabá, grupo feminista do curso de direito, tem postado regularmente nas redes sociais alertas para que as meninas tomem muito cuidado ao sair da faculdade a noite.

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Em outra ação, foram colocados em postes cartazes com os dizeres “Atenção, fui assediada aqui – Em caso de agressão, abuso e assédio, ligue 180” . Este número corresponde a Central de Atendimento a Mulher, que funciona como disque-denúncia.

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Em nota, a PUC afirmou que recebeu uma informação sobre o fato, mas que iriam averiguar a situação. “Uma aluna nos informou que três outras estudantes teriam sofrido assédio em ruas próximas à Universidade. Lamentamos profundamente que tal fato esteja ocorrendo e averiguaremos a situação.

A instituição ressaltou que nenhum caso de assédio foi registrado dentro das dependências da PUC-SP. “Informamos que a Universidade possui setores prontos a atender a comunidade: a Ouvidoria, o Setor de Atendimento Comunitário (PAC) e a Pró-Reitoria de Cultura e Relações Comunitárias. Além disso, reforçamos que aqueles que sofrerem qualquer tipo de violência fora da Universidade também devem procurar as autoridades do poder público, responsáveis por garantir a segurança na cidade”.

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