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As estrelas do esporte do Pinheiros

Com novo time de vôlei, o clube reforça sua aposta em nomes consagrados

Por João Batista Jr.
Atualizado em 5 dez 2016, 19h32 - Publicado em 18 set 2009, 20h26

Ter em quadra os jogadores Giba, Rodrigão, Gustavo e Marcelinho não será, a partir de agosto, privilégio exclusivo da seleção masculina de vôlei. Os quatro acabam de ingressar no time que representará o Esporte Clube Pinheiros, cuja sede no Jardim Paulistano abriga atletas renomados de modalidades como natação, ginástica e judô. “Assim que eles começarem a jogar, vai chover gente querendo praticar vôlei”, aposta o presidente do clube, Antonio Moreno Neto. Se sua previsão se concretizar, será apenas o repeteco do que se viu em outras modalidades. A chegada de Daiane dos Santos e Lais Souza, em setembro de 2008, atraiu 100 alunos para as aulas de ginástica, por exemplo. Tiago Camilo, que ganhou bronze na Olimpíada de Pequim, conquistou indiretamente 400 novos adeptos do judô. “A molecada aborda a gente para puxar papo sobre esporte e tirar fotos”, conta ele. “Eles ficam eufóricos por treinar no mesmo lugar de um atleta que viram competir na televisão.”

Com mais praticantes, aumentam as chances de se repetirem histórias bem-sucedidas como a do nadador Cesar Cielo, ouro e bronze nas categorias 50 e 100 metros livres na China. O medalhista de 22 anos, que hoje tem status de estrela, deu suas primeiras braçadas como profissional nas piscinas do Pinheiros aos 16. “Devo meu sucesso ao trabalho realizado lá”, conta ele, que passa metade do ano aqui e outros seis meses na Universidade de Auburn, no estado americano do Alabama. “Não existe agremiação no país que faça um trabalho tão sério com esporte de base”, avalia Edson Garcia, presidente do Sindicato dos Clubes do Estado de São Paulo.

O Pinheiros tem atualmente 2 900 atletas federados, 500 deles não sócios. Historicamente, é um polo de brasileiros bem-sucedidos em torneios internacionais – o antigo recordista mundial de salto triplo João do Pulo e o nadador Gustavo Borges tiveram passagens por lá. Ter uma Daiane dos Santos ou um Giba no elenco ajuda a atrair gente disposta a pagar 28 000 reais por um título. Tanto que, a cada mês, aparecem cerca de 150 interessados em engrossar o contingente atual de 36 500 sócios. Um dinheiro bem-vindo, claro, mas que por si só não justificaria os gastos para montar um “Olimpo”. A grande jogada, nesse caso, consiste em reforçar a imagem de referência em treinamento profissional, o que significa um passaporte para investimentos mais altos. A nova equipe de vôlei representa o primeiro fruto dessa estratégia, pois inaugura no clube a era dos grandes patrocinadores. Rebatizado de Pinheiros/Sky, o time contou com investimento estimado de 15 milhões de reais. O salário dos jogadores varia entre 80 000 e 120 000 reais, além de benefícios típicos dos superatletas, como aluguel de apartamento e motorista particular – a administração usará parte desse dinheiro para bancar gastos com, entre outros, basquete, ginástica e natação. “Nossa marca vai estar nos pódios das principais competições do país”, acredita Marcelo Miranda, diretor de marketing da Sky. Moreno Neto, presidente do clube, afirma que 19 milhões de reais de seu orçamento anual são destinados a manutenção e funcionamento de seus três campos de futebol, seis piscinas, sete ginásios, oito quadras poliesportivas e 24 quadras de tênis. “Quem não investe pesado perde prestígio”, diz.

Altos salários, altas expectativas

Eleito duas vezes o melhor jogador de vôlei do mundo e cinco do Brasil, Giba estava fora do país havia oito anos. Atuava no time russo Iskra Odintsovo. Agora, ele chega ao Pinheiros com salário estimado em 120 000 reais – o maior pago pelo clube. As expectativas da empresa patrocinadora e da diretoria são diretamente proporcionais à remuneração: firmar a equipe como uma das principais do Brasil em uma temporada. “Vamos vencer o campeonato paulista e o nacional”, confia Antonio Moreno Neto, presidente do Pinheiros

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