Continua após publicidade

Ar condicionado de instituto de ciências atormenta moradores dos Jardins

Vizinhos estão incomodados com o barulho de equipamentos de refrigeração instalados no topo do prédio da entidade

Por Ricardo Chapola
Atualizado em 14 fev 2020, 15h57 - Publicado em 24 set 2019, 13h30
Quatro equipamentos de ar condicionado instalados sobre prédio estão tirando o sono de vizinhos nos Jardins (Gustavo Justino/Veja SP)
Continua após publicidade

Moradores da Rua Pamplona, nos Jardins, na Zona Oeste de São Paulo, protestam contra o barulho de equipamentos de ar condicionado instalados no prédio onde funciona um instituto de ciências na região.

“Está impossível ficar em casa”, afirma Gustavo Justino, professor de direito da Universidade de São Paulo, revoltado com a situação. Há dez anos, ele mora ao lado do edifício onde funciona desde o começo do ano o Instituto Principia, centro de estudos científicos. A entidade fica no antigo endereço do Instituto de Física Teórica, ligado à Universidade Estadual Paulista (Unesp).

“É um absurdo, uma falta de respeito. Embora seja uma área de uso misto, ela é predominantemente residencial. E caríssima, por sinal, o que torna isso tudo ainda mais absurdo”, diz Justino. A revolta começou na semana passada, quando, de acordo com relatos, quatro equipamentos com ventiladores foram instalados no topo do local de quatro andares.

[wpvideo wYE96JjK]

Quem mora por lá reclama que o incômodo começa logo cedo, por volta das 9h, e só dá trégua no fim do dia, por volta das 21h30.

Continua após a publicidade

Zelador de um condomínio residencial da rua desde 1995, Jesuíno Ferreira Santos relata que os moradores do prédio onde trabalha também estão incomodados. “Umas quatro pessoas já vieram se queixar”, conta. “Dizem que é pior à noite, quando a rua está mais silenciosa, e o som das máquinas não para.”

A prefeitura informou ter recebido apenas uma reclamação em relação ao barulho enfrentado pela vizinhança da Pamplona. A denúncia foi feita no dia 19 de setembro por meio do 156, sob argumento de desrespeito à lei do ruído, ou “lei do PSIU”, como é conhecida.

Uma funcionária do Instituto Principia comunicou que os equipamentos não pertencem à instituição, mas sim a uma empresa que alugou o espaço para fazer um evento.

Continua após a publicidade

Em nota, o instituto informou que pediu ao organizador do evento tomar providências pra reduzir o ruído. “Isso foi feito com a instalação de abafadores de som”, diz o texto.

A entidade esclarece que o barulho produzido pelos equipamentos eram de 60 decibéis e respeitavam o limite permitido por lei.

“A região onde estamos é de uso misto e abriga numerosos estabelecimentos comerciais. Aferimos o ruído com o ar condicionado desligado: só com o ruído das obras civis e trânsito locais, a medição atingiu 70 decibéis”, aponta o texto do instituto. “Muito superior ao produzido pelo mencionado ar condicionado, que vai de 55 a 60 decibéis.”

Continua após a publicidade

O instituto comunicou ainda que permanece aberto a diálogo com os vizinhos.

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de São Paulo

a partir de 35,60/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.