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Aplicativos ajudam polícia a solucionar furtos de celulares e tablets

Gagdets possuem rastreadores que enviam informações sobre seu paradeiro

Por Arthur Guimarães
Atualizado em 12 nov 2018, 18h13 - Publicado em 20 out 2011, 19h31

Nos últimos meses, uma nova arma passou a fazer parte da rotina de investigação de Noel Rodrigues de Oliveira Júnior, delegado do 15º Distrito Policial, no Itaim. Com seu notebook conectado à internet, ele parte na captura de ladrões seguindo pistas enviadas por aparelhos de celular e tablets roubados.

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Dotados de aplicativos de rastreamento, esses gadgets enviam informações sobre seu paradeiro, exibidas em tempo real em um mapa que pode ser acessado na tela de qualquer computador. Na última segunda (17), foi isso que possibilitou aos homens de Oliveira Júnior prender uma quadrilha de assaltantes. Ao abordarem e tomarem os bens de três engenheiros na Rua Tabapuã, os bandidos levaram não só carteiras e casacos, mas também um telefone da Apple com um sistema de monitoramento a distância. “Quando fiquei sabendo que esse celular estava entre os bens subtraídos das vítimas, abri imediatamente meu micro, entrei no site específico e, usando paralelamente uma página de mapas na internet, passei a seguir os suspeitos”, conta Oliveira Júnior. Dos quatro marginais envolvidos no caso, dois estão hoje atrás das grades e um morreu baleado. “Os criminosos ficaram surpresos por termos chegado a eles tão rápido”, diz o delegado.

Não há estatísticas oficiais sobre a incidência desses episódios em São Paulo, onde há estimados quatro milhões de aparelhos com tecnologia 3G. Só Oliveira Júnior, por exemplo, já atendeu a outros dois casos do tipo neste ano. E o potencial para tais ocorrências é alto: estima-se que, no Brasil, três milhões de celulares sejam roubados anualmente, entre equipamentos tradicionais e smartphones, além de tablets. No começo do ano, uma publicitária chegou a criar uma página virtual para narrar sua aventura atrás de um iPad. A epopeia começou em uma porta giratória de uma agência do Banco Santander, na Avenida Brasil. “Na chegada, fui obrigada a tirar todas as tralhas da mochila e colocá-las naquela gavetinha. Depois de entrar, botei tudo de volta e, só à noite, percebi que o equipamento não estava lá”, conta Simone Mozzilli.

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No dia seguinte, após entrar no site da Apple e ver que seu dispositivo estava no Tatuapé, ela correu a uma base móvel da Polícia Militar. Os policiais a colocaram na viatura e iniciou-se uma perseguição. Com um iPhone exibindo na tela a movimentação do tablet, a equipe foi até uma faculdade próxima e, já com o céu escuro, chegou a invadir vielas de favelas perigosas. “Eu me senti em um filme de Hollywood”, afirma. Sem bateria, no entanto, o iPad parou de emitir sinais — e a aventura chegou ao fim, pelo menos era o que parecia. Cruzando os endereços visitados, ela voltou ao banco, conversou com a gerente e identificou uma funcionária que estudava na universidade visitada e fazia aquele roteiro diariamente. Sem saída, a moça assumiu a culpa e alegou ter levado o tablet para guardá-lo. “Mas na casa dela?”, ironiza a publicitária, que finalmente teve seu bem recuperado — sem todos os arquivos pessoais.

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Nos últimos anos, houve uma popularização desses sistemas de rastreamento, impulsionada pela oferta de aplicativos sem custo para quem adquire aparelhos da Apple e pela criação de plataformas gratuitas na internet, que podem ser acessadas e usadas livremente. Em todos esses casos, a tecnologia funciona com a instalação virtual de um software no aparelho, que passa a ler coordenadas de GPS e dados de antenas de telefonia móvel. “As informações são enviadas a um painel de controle, que fica permanentemente acessível ao usuário”, explica Hélio Freitas, fundador da ZoeMob, firma paulistana que, além de rastrear o item, consegue acessar smartphones roubados, reavendo fotos e textos digitados, mesmo com o telefone na mão de bandidos. “Muitas vezes, essas informações são mais importantes para o usuário do que o aparelho em si.”

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Associado à ZoeMob, o representante comercial do ramo óptico Sergio Lanza conseguiu “salvar sua carreira” graças ao sistema de monitoramento. No começo de julho, ele foi almoçar no MorumbiShopping e esqueceu o celular, repleto de informações profissionais e contatos de clientes, na mesa da praça de alimentação. Quando chegou em casa, percebeu a situação e ligou diversas vezes para o aparelho, mas sem sucesso. “Felizmente, tinha feito a cobertura”, lembra. Graças a isso, localizou no mapa o paradeiro do equipamento, que estava em um endereço perto do centro de compras. “Mandei uma mensagem dizendo que sabia que o telefone estava lá e dei um número para a pessoa retornar”, afirma. Em instantes, um desconhecido ligou de volta, dizendo que estava de posse da máquina. “Combinamos um local de encontro e meu aparelho foi devolvido.”

Socorro DigitalOs serviços que podem ajudar a recuperar os equipamentos

Notebooks

■ Enviando um e-mail para tm@findme.com.br, o usuário recebe um código para baixar um programa que vai rastrear seu computador portátil ao preço de 98 reais por ano. Funciona com Windows e Linux e permite acionar um alarme, tirar foto do larápio via webcam e fazer cópias das telas acessadas.

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■ Aplicativo de código aberto associado a um serviço on-line, o programa antifurto Prey permite controlar a localização de até três notebooks via Google Maps. Roda em Windows, Mac e Linux, com orientações em inglês. O software registra informações sobre programas em uso e arquivos alterados.

Celulares

■ Para usuários de produtos da Apple (iPhone 3GS, 4 e 4S, iPad 1 e 2 e iPod Touch), basta acessar a App Store e adquirir gratuitamente o aplicativo Find My iPhone. Ao baixar o novo sistema operacional iOS 5, o recurso de rastreamento é instalado automaticamente.

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■ A empresa paulistana ZoeMob cobra uma mensalidade de 9,99 reais para oferecer serviços que vão do simples rastreamento de aparelhos sumidos a sistemas que, via GPS ou triangulação de antenas, conseguem bloquear o celular, fazer backup do conteúdo ou limpar as informações do item levado

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