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Aplicativo promete resolver problemas de relacionamentos amorosos

A Fila Anda oferece sessões virtuais de terapia com psicólogos e provoca polêmica entre os profissionais da área

Por Mauricio Xavier
Atualizado em 5 dez 2016, 14h25 - Publicado em 30 Maio 2014, 21h53

Angústias do coração estão entre os temas mais frequentes na terapia. A novidade é que um aplicativo para smartphones promete resolver essas aflições via chat. Com um nome para lá de curioso, A Fila Anda diz ter 37 profissionais – psicólogos, sexólogos, sociólogos e psicanalistas – que recebem as dúvidas dos pombinhos em crise e recomendam a melhor decisão em até 24 horas. Uma semana após o lançamento, cerca de 300 usuários haviam baixado o programa, disponível por 3,99 dólares (9 reais), o único custo envolvido no serviço.

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Um piloto de empresa aérea paulistano, de 46 anos, por exemplo, pediu ajuda na relação com uma mulher que conheceu há poucos dias. Depois que ele se declarou disposto a se casar, a pretendente sumiu. Foi aconselhado a ligar de novo após três semanas e, das próximas vezes, evitar a proposta precoce. “O comandante decolou antes”, resume o criador do software, o consultor de marketing Heverton Anunciação, no melhor estilo psicologia de botequim. Com formação original em ciências da computação, ele tornou-se uma espécie de terapeuta comportamental autodidata nos últimos dez anos, escrevendo livros com títulos sugestivos como Nunca Case Antes dos 30.

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No exterior, já apareceram serviços de clínica terapêutica por celular (veja o quadro abaixo), mas nada nesses moldes. Consultas via Skype até são comuns, mas para quem já faz análise presencial. O ineditismo aqui é o contato exclusivo por mensagens de texto com profissionais anônimos. “Não é ilegal, mas há desacordo com princípios éticos, pois o psicólogo precisa se apresentar”, diz Luiz Eduardo Valiengo Berni, membro da Comissão de Orientação e Fiscalização do Conselho Regional de Psicologia.

 

A real efetividade da iniciativa também é posta em dúvida. “Eles prometem soluções rápidas, mas nesses casos não existe Band-Aid”, afirma Luciana Saddi, mestre em psicologiaclínica pela PUC. Anunciação defende-se dizendo que a proposta é justamente fugir da linguagem acadêmica. “Formei um grupo de pessoas que sabem o que acontece na noite paulistana, não ficam citando Freud nem Nietzsche”, afirma.

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