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Andrés Sanchez vai ao Conselho para explicar dívida da Arena Corinthians

Presidente se reúne com os conselheiros nesta segunda (30), clube tenta chegar em acordo com a Caixa Econômica Federal

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 14 fev 2020, 15h57 - Publicado em 30 set 2019, 14h11
Andrés Sanchez, presidente do Corinthians, se reúne com conselheiros para falar sobre dívida do estádio em Itaquera (Willian Volcov/Brazil Photo Press/ Folhapress/Divulgação)
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O presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, vai ao Conselho Deliberativo na noite desta segunda-feira (30) para prestar esclarecimentos sobre a Arena. A reunião está marcada para começar às 18h, no Parque São Jorge. A oposição questionará os números da dívida do estádio e pedirá esclarecimentos em relação às finanças do clube.

O encontro de Andrés com os conselheiros acontece em meio à tentativa de o clube buscar um novo acordo com a Caixa Econômica Federal. O departamento jurídico dos dois lados iniciaram conversas para que uma reunião entre os dirigentes possa ser marcada em Brasília para assinar um novo contrato.

O próximo encontro entre os advogados ocorrerá nesta terça-feira (1), ainda sem a presença de Andrés e do presidente da Caixa, Pedro Guimarães. O principal entrave a ser resolvido é o período que a Arena recebeu a Copa América, entre junho e julho, e ficou sem arrecadar. O dinheiro da bilheteria é a maior parte do valor que paga o financiamento. Como não arrecadou, o clube não pagou as parcelas desses meses para a Caixa.

Segundo Andrés, havia sido conversado com a diretoria do banco de que nesses meses não haveria pagamento. A Caixa nega e informa no processo que corre na Justiça que o Corinthians deve desde março, incluindo o período da Copa América.

A intenção de Corinthians e Caixa é buscar um acordo para o refinanciamento da dívida. Por enquanto, o clube informa que deve R$ 470 milhões e o banco diz que precisa receber R$ 536 milhões.

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O Movimento Corinthians Grande, principal grupo contrário a atual diretoria, pelas redes sociais, divulgou um comunicado há duas semanas em que questiona as justificativas do mandatário sobre o pagamento da arena e diz: “seria muito melhor para todos que o presidente encerrasse por conta própria o seu papel nesse assunto”, escreveu.

Para tentar diminuir as críticas na reunião desta segunda-feira, Andrés Sanchez se encontrou com cerca de dez conselheiros da situação na última sexta-feira (27). O mandatário apresentou documentos e tentou convencer esse grupo de que a intenção está tentando pagar as dívidas do estádio.

No último dia 27, a Justiça acatou o pedido da Caixa Econômica Federal para incluir o nome da Arena Itaquera S/A, que administra o estádio do Corinthians, no cadastro de inadimplentes do Serasa. No processo, o banco informa que o Corinthians não paga o financiamento da arena desde março.

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As únicas duas parcelas pagas neste ano, de janeiro e fevereiro, foram no valor de R$ 6.442.357,31 e R$ 6.565.312,96, respectivamente, que totalizam R$ 13.007.670,30. O valor em aberto dos meses subsequentes é de R$ 33.789.494,81.

No início do mês, o presidente Andrés Sanchez informou que apenas dois meses estavam atrasados. No entanto, lembrou que, caso a Caixa não estivesse contando o período de um acordo verbal, esse atraso contaria desde março.

O clube havia acertado verbalmente com a Caixa no ano passado novo parcelamento da dívida. Esse acerto foi feito com a gestão anterior do banco e teria validade até 2028. No combinado, o clube pagaria parcelas mensais de R milhões, de março a outubro de cada temporada, e R,5 milhões entre novembro e fevereiro, período em que há um menor número de jogos no calendário do futebol brasileiro.

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A Caixa emprestou inicialmente R$ 400 milhões ao Corinthians para a construção do estádio. Desde o início do financiamento, em 2014, o clube pagou cerca de R$170 milhões, sendo R$80 milhões de fevereiro de 2018 até agora.

O imbróglio ocorre no momento em que o Corinthians encaminhou acerto também com a Odebrecht. Além dos R$ 400 milhões de dívida com a Caixa, o clube havia se comprometido a pagar R$ 420 milhões para a construtora. Esse valor viria por meio dos CIDs (Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento) emitidos pela Prefeitura de São Paulo.

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