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Por Arnaldo Cheixas
Terapeuta analítico-comportamental e mestre em Neurociências e Comportamento pela USP, Cheixas propõe usar a psicologia na abordagem de temas relevantes sobre a vida na metrópole.
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Enfrentando o medo de falar em público em oito passos

Embora varie de pessoa para pessoa, falar em público sempre gera algum grau de ansiedade. Trata-se de uma resposta normal do organismo, que serve para maximizar as chances de sobrevivência do indivíduo. O problema é quando ela ultrapassa seu ponto funcional e produz reações de medo que impedem-o de falar em público. Aqui vão algumas dicas para […]

Por Carolina Giovanelli
Atualizado em 26 fev 2017, 13h37 - Publicado em 13 jan 2016, 20h53

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Embora varie de pessoa para pessoa, falar em público sempre gera algum grau de ansiedade. Trata-se de uma resposta normal do organismo, que serve para maximizar as chances de sobrevivência do indivíduo. O problema é quando ela ultrapassa seu ponto funcional e produz reações de medo que impedem-o de falar em público.

Aqui vão algumas dicas para ajudar a enfrentar o problema:

Objeto na mão. Assim como segurar um copo de bebida numa festa ajuda a pessoa a se sentir menos deslocada, segurar um objeto na mão durante uma apresentação diminui a sensação de vulnerabilidade. Se isso não ocorrer automaticamente, como quando há um microfone ou uma ponteira auxiliar, vale segurar um lápis ou uma régua.

Pausas. Parece algo sem importância, mas fazer pequenas pausas entre frases ou entre diferentes tópicos da apresentação ajuda a manter em equilíbrio a respiração (e demais respostas autonômicas) e a linha de raciocínio. Em momentos de “branco” de memória, a estratégia também é válida. Neste caso, se não for possível lembrar de algo específico, o melhor é seguir adiante.

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+ Perdas insuperáveis: se a vida não é bela, resta apenas seguir adiante

Olho no olho. Alguns orientadores instruem os apresentadores a olharem para um ponto fixo na sala para evitar eventuais olhares de reprovação. O problema com esta estratégia é que esquivar-se da interação com o público deixa o apresentador à deriva. Simples trocas de olhar permitem que o apresentador detecte gestos discretos dos participantes e isso ajuda a direcionar a fala, além de gerar uma condição de proximidade que acolhe o expositor e diminui sua ansiedade.

Imperfeições. Livrar-se de expectativas perfeccionistas é uma das estratégias mais efetivas para superar o medo de falar em público. Pronunciar uma palavra de forma equivocada, por exemplo, pode comprometer o resto da apresentação se o expositor acreditar que o público reparou aquele deslize e, pior, o condena por isso. Essa crença não sairá de sua consciência e prejudicará o resto da apresentação. É importante saber de antemão que nenhuma apresentação será perfeita. Durante a fala um expositor pode errar uma pronúncia, esquecer uma ideia, gaguejar etc. Isso não vai comprometer a consistência da apresentação. Para ter certeza disso, assista a vídeos de bons oradores e anote a quantidade de “erros” que eles cometem. Então, depois de cometer uma imperfeição, basta seguir adiante.

Conteúdo. O único problema real que pode de fato comprometer previamente uma apresentação é se ela não tiver conteúdo. Portanto, para falar em público é essencial que o expositor saiba qual o conteúdo de sua apresentação. Para pessoas experientes e familiarizadas com o tema da apresentação é possível fazer isso sem uma grande preparação prévia mas para quem está começando ou sente medo de falar em público é sempre importante preparar o conteúdo previamente com um roteiro a ser seguido. Esse roteiro não deve ser rígido mas será um guia que dará tranquilidade durante a exposição.

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Treino. Apresentar o conteúdo sozinho em voz alta (pode ser diante do espelho) ajuda a melhorar o roteiro da apresentação e torna o expositor familiarizado com sua apresentação, diminuindo assim a ansiedade no momento de falar em público. Mas, veja, a ideia não é decorar a apresentação como se fosse uma peça de teatro. É simplesmente para tornar a fala familiar. A apresentação nunca sairá exatamente igual ao treino.

Sexo ou atividade física. Como o esforço físico dispara a liberação de endorfina no organismo e esta desencadeia outros processos fisiológicos que produzem uma sensação de relaxamento e prazer, uma boa dica para antes de apresentações é ter um encontro quente com a pessoa amada (desde que não haja uma “DR”… porque daí quem entra em ação é a adrenalina, associada ao estresse e à ansiedade) ou fazer uma sessão de atividade física.

Ansiedade como parceira. Colocar como objetivo “zerar” a ansiedade antes de uma apresentação é irreal e ineficaz. Alguma ansiedade sempre estará presente e, no nível certo, ela ajuda a manter a atenção e aumenta a prontidão cognitiva.

Boa sorte!

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