Festival Árabe: o novo programão do Brás
“Grandes colônias de imigrantes, como a de japoneses e a de italianos, estão bem representadas por feiras em São Paulo. Faltava uma dedicada aos costumes árabes.” Valdir Alves da Silva Júnior, da União Nacional das Entidades Islâmicas, emprega corretamente o tempo verbal quando diz que “faltava”. Desde o dia 23 de abril, e com a […]
“Grandes colônias de imigrantes, como a de japoneses e a de italianos, estão bem representadas por feiras em São Paulo. Faltava uma dedicada aos costumes árabes.” Valdir Alves da Silva Júnior, da União Nacional das Entidades Islâmicas, emprega corretamente o tempo verbal quando diz que “faltava”. Desde o dia 23 de abril, e com a intenção de se repetir em todos os fins de semana do ano, o Brás sedia o Festival Árabe, evento que reúne 100 tendas de roupas, acessórios e, sobretudo, comidas típicas.
Júnior, que é um dos organizadores, explica que mais da metade dos participantes atuais são refugiados do Oriente Médio em busca de um recomeço por aqui. E que, em questão de dois meses, pretende mais do que triplicar o número de expositores. É quando tudo deve ser transferido da Rua Elisa Witaker, onde ocorre atualmente, para a Rua Oriente.
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Somente no primeiro fim de semana, estima-se que passaram por ali cerca de 15 000 pessoas. E o sucesso se repetiu na semana seguinte. Pudera, já que as comidas são ótimas e o preço, justo.
Na tenda de número 120, por exemplo, Muna Darweesh e o marido Wessam, ambos fugidos da guerra na Síria, vendem deliciosas esfihas frescas. Nelas, a massa é aberta na hora e recheada de com carne, queijo ou zaatar antes de ir para a chapa. Custa R$ 10,00 cada uma.
Andando pelo evento, também dá para encontrar ótimos shawarmas, como o que é vendido na esquina com a Rua Monsenhor Andrade ou na barraca mantida pelo pessoal do Vovô Ali, sobre o qual você já leu neste blog (R$ 12,00 em ambos). Outras pedidas são kafta de cordeiro (R$ 5,00), kibe frito (R$ 5,00) e tabule no pote (R$ 6,00).
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Mas nem só de salgado vive a feirinha. Além de doces mais conhecidos, como ninho de nozes, mamul e de semolina, vale procurar pelo katmer, receita turca que consiste em uma massa folhada fininha, de formato retangular, com pistache em cima (R$ 10,00). Para beber, o refresco árabe (R$ 9,00) combina iogurte, mel e hortelã. Haja apetite!
Festival Árabe. Rua Elisa Witacker, s/nº (esquina com a Rua Monsenhor Andrade), Brás. Sáb., 15h/22h; dom., 10h/22h.