Em Um Bairro de Nova York: Lin-Manuel Miranda fala sobre como a história permanece atual
Conversamos com o criador da peça que originou o filme e com o diretor John M. Chu
Em Um Bairro de Nova York estreia em 17 de junho nos cinemas e é a mais recente adaptação para as telas de uma peça assinada por Lin-Manuel Miranda (Hamilton). Ambientado na cidade que nunca dorme e explorando a vizinhança de Washington Heights, o filme traz belas músicas dentro de uma narrativa repleta de temas universais: a busca pela identidade própria, liberdade e sonhos realizados.
Para a Vejinha, Miranda (que escreveu a peça quando tinha 19 anos) afirma que a trama permanece atual. “É sempre um bom momento para lembrar ao mundo de nossa humanidade enquanto latinos. Grande parte da representação dos latinos costuma ter crime ou drogas como ponto central, e parte do motivo pelo qual escrevi a peça foi porque amava Amor, Sublime Amor, mas essa obra já existia. Pensei: ‘De que outra forma podemos contar nossas jornadas?’.”
Sua parceria com a autora Quiara Alegría Hudes, que escreveu o livro In The Heights (título original) e o roteiro do filme, ganha destaque: “Ela atualizou o enredo, pondo a imigração no centro de uma das linhas principais. Essa história é sempre estranhamente relevante, e o fato de ser lançada durante a pandemia traz como lembrete o poder da comunidade”.
Um filme com identidade
“A verdade da luta, e de se levantar após a luta, sempre foi atual. Lin-Manuel Miranda estava à frente de seu tempo e só se tornou mais relevante desde a peça. Suas palavras são geniais. E Quiara Alegría Hudes, que também escreveu esta história, está na linha de frente da identidade, da nova linguagem, de tudo o que significa ser uma pessoa desta sociedade. A combinação de tudo isso, além de minha contribuição junto do vasto elenco todos os dias no set, resultou no melhor processo. Criamos tudo juntos”, diz John M. Chu, diretor do longa.
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Publicado em VEJA São Paulo de 16 de junho de 2021, edição nº 2742