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Por Arnaldo Lorençato
O editor-executivo Arnaldo Lorençato é crítico de restaurantes há mais de 30 anos. De 1992 para cá, fez mais de 16 000 avaliações. Também é autor do Cozinha do Lorençato, um podcast de gastronomia, e do Lorençato em Casa, programa de receitas em vídeo. O jornalista é professor-doutor e leciona na Universidade Presbiteriana Mackenzie
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Memória: Celso La Pastina (1958-2020), sócio da La Pastina e da World Wine

Internado desde junho por causa do novo coronavírus, o empresário morreu em consequência de uma parada cardíaca

Por Arnaldo Lorençato Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 20 jan 2022, 14h08 - Publicado em 20 ago 2020, 14h32

Um dos maiores importadores de vinhos e outros produtos gourmets do Brasil, Celso La Pastina morreu na manhã cinzenta desta quinta (20). Conheci Celso duas décadas atrás, quando era editor na extinta Gazeta Mercantil. Dinâmico nos negócios, o empresário, à frente da companhia fundada pelo pai, Vicente La Pastina, e que vendia produtos com o sobrenome da família, lançava naquele momento a marca World Wine para rótulos finos. Uma sacada e tanto separar o catálogo com o selo criado em 1999.

La Pastina, que faleceu após ter uma parada cardíaca, estava internado no Hospital Alemão Oswaldo Cruz desde 27 de junho, quando sentiu os efeitos de ter sido atingido pelo novo coronavírus. Celso completaria 62 anos no dia 26 de agosto, a próxima quarta.

Poliglota e amante dos vinhos, Celso fez da World Wine uma das referências do país, com mais de 1.500 rótulos de treze países no portfólio. A primeira loja, hoje extinta, ficava no Brás, sede da empresa. Era um lugar simples onde ele costumava dar expediente e receber a imprensa especializada para apresentar as novidades incorporadas ao portfólio.

Desse ponto inicial, a World Wine espalhou-se por quinze endereços no país inteiro, cinco aqui na capital. Entre as vinícolas representadas por La Pastina estão a uruguaia Garzón e a chilena Cono Sur, além de ícones da França (Château de Beaucastel, Château Le Puy) e da Itália (Barolo Voerzio) — estes três últimos, sugestão do especialista Marcelo Copello, do blog Vinho e Algo Mais –, entre tantos outros.

Sua jornada no mundo dos negócios teve início em 1978, quando, aos 20 anos, começou a ajudar o pai na empresa familiar. Fundada em 1947 como atacadista de cebolas, a La Pastina sempre funcionou no Brás. Se originalmente os produtos comercializados se expandiram para hortaliças, especiarias e grãos, uma virada aconteceria justamente nos anos 70, quando o fundador, Vicente, começou a trazer azeites e conservas de Chile e Portugal. O sucesso se ampliou de forma significativa nos anos 90, com a abertura das importações.

O empresário: paixão pelos vinhos (Tuca Reinés/Divulgação)

Em 2011, Celso deu mais um passo certeiro ao adquirir a importadora e as lojas da Enoteca Fasano, como a unidade que fica na Rua Amauri, no Itaim Bibi. Depois da compra da mais renomada grife gastronômica de origem italiana no Brasil, a La Pastina continua a desenvolver produtos Fasano como massas, panetones e azeites, todos trazidos da Itália com a chancela de Rogério Fasano.

A La Pastina trabalha também com mais de vinte marcas do mundo todo, além de possuir mais de 100 itens com o próprio selo, como arroz arbóreo e molho de tomate, sem contar os vinhos que comercializa e envia desde o centro de distribuição, no Ipiranga. Com a morte de Vicente (1925-2013), Celso passou a ter controle integral na direção da empresa.

Uma das últimas entrevistas que o importador deu foi ao repórter Saulo Yassuda, em maio deste ano, para falar do projeto Zenith, com etiquetas que levavam o nome de sua mãe. Animado,  comemorava ainda o aumento expressivo das vendas on-line e planejava o futuro das lojas no pós-pandemia. No início da quarentena, também fazia lives com papos animados para entreter clientes e amigos à distância.

Celso deixa a mulher Liliane La Pastina e os filhos Juliana, Jeremias, Sophia e Amanda. O corpo será cremado na Vila Alpina.

Colaborou Saulo Yassuda

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