A moda de pedir pizza pelo telefone
A edição de VEJA SÃO PAULO publicada na semana de 5 de maio de 1986 trazia uma tendência que se popularizava na cena gastronômica paulistana. A moda não seria mais comer pizza no restaurante, mas pedir em casa. Sim, o corriqueiro delivery de hoje ainda era um bicho estranho na época. Com o título “Só para viagens”, o texto começava assim: “A […]
A edição de VEJA SÃO PAULO publicada na semana de 5 de maio de 1986 trazia uma tendência que se popularizava na cena gastronômica paulistana. A moda não seria mais comer pizza no restaurante, mas pedir em casa. Sim, o corriqueiro delivery de hoje ainda era um bicho estranho na época.
Com o título “Só para viagens”, o texto começava assim: “A aparentemente insaciável voracidade dos paulistanos pela pizza está fazendo florescer um tipo diferente de pizzaria: as especializadas na venda por telefone, que entregam a domicílio, com suas frotas de bicicletas, automóveis ou mobiletes, um cardápio de qualidade por preços razoáveis”.
A matéria apontava que a capital já abrigava cerca de 200 estabelecimentos do gênero. Hoje estima-se que São Paulo tenha mais de 4500 pizzarias, de diferentes formatos.
A foto que ilustrava a página mostrava a brava equipe de ciclistas da extinta Leve Pizzas, nos Jardins, com suas bicicletas adaptadas para carregar os discos pelas ladeiras do bairro. Embaixo, um quadro com algumas casas que ofereciam o serviço na cidade, o horário de funcionamento, o telefone de contato e o preço médio cobrado pela versão de muzzarela (cerca de 50 cruzados, a moeda da época). Confira abaixo:
Além da óbvia curiosidade de pedidos por telefone serem novidade, outro aspecto inusitado é que a reportagem não mencionava entregas sendo realizadas por motocicletas, mas sim, por mobiletes. Os desajeitados veículos de duas rodas, a motor, eram uma espécie de híbrido entre motos e bicicletas. Tornaram-se populares entre adolescentes de classe média alta nos anos 80. Abaixo, a versão vendida pela Caloi: