Em 1989, Paulista já era “passarela do protesto”
Neste domingo, a Avenida Paulista terá mais um protesto com concentração no Masp. É algo que tem acontecido com frequência: atos contra o PT, a favor do governo, pela crise da água, contra o aumento da tarifa, pela volta da ditadura militar, em prol dos índios, em defesa da liberação da maconha, pelas condições de trabalho dos […]
Neste domingo, a Avenida Paulista terá mais um protesto com concentração no Masp. É algo que tem acontecido com frequência: atos contra o PT, a favor do governo, pela crise da água, contra o aumento da tarifa, pela volta da ditadura militar, em prol dos índios, em defesa da liberação da maconha, pelas condições de trabalho dos professores, respeito aos direitos gays – tudo acontece ali.
A história mostra que a avenida símbolo da cidade tem mesmo uma certa vocação política. Em março de 1989, a VEJA SÃO PAULO publicou uma matéria falando dessas manifestações, que já tinham virado rotina na Paulista. “Das comemorações feitas por torcedores nas finais de campeonato às passeatas de trabalhadores reivindicando aumento de salário, o ponto comum é sempre a escolha do lugar”, dizia o texto publicado há 26 anos.
Até o vice-presidente da Cuba à época teve que trafegar na Paulista pela contramão para escapar do congestionamento. “No fundo, os manifestantes não escolhem a avenida à toa – eles querem fazer com que sua reivindicação tenha repercussão. E, para isso, nada melhor que parar uma artéria importante da cidade. É dessa forma que, no final das contas, a Paulista acaba parecendo mais um ‘reivindicódromo”, continua a reportagem. Não parece bem atual?