Prefeitura autoriza vacina em maiores de 18 anos caso haja sobra de dose
Ordem de Edson Aparecido foi dada após denúncias de funcionários sobre suposto descarte de imunizantes
Profissionais de saúde de São Paulo podem vacinar maiores de 18 anos caso não sejam encontrados pessoas que pertençam ao grupos de risco (outros profissionais de saúde, idosos com mais de 60 anos e pessoas com comorbidades) nos arredores das UBSs (Unidades Básicas de Saúde) que registrarem sobra de vacinas. Esta foi a orientação do secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido, nesta sexta-feira (12).
A ordem veio depois que portal G1 divulgou que uma funcionária de uma UBS no extremo da Zona Sul da cidade estava descartando doses do imunizante CoronaVac por não encontrar idosos da faixa etária autorizada ou profissionais de saúde para serem vacinados.
“O pessoal estava desesperado no grupo [whatsapp], atrás de 3 idosos para vacinar, se não ia perder essa vacina. Mas não acharam. Então, sim. Teve desperdício, sim”, contou a funcionária que pediu para não ser identificada. “Não é por culpa do funcionário, mas porque tem a norma para vacinar nesse período. Não pode vacinar uma pessoa aleatória”.
O secretário, no entanto, negou que houve descarte de vacinas. “Não existe, na cidade de São Paulo, qualquer orientação de descarte de dose de vacina. Tanto é que as nossas técnicas, e os nossos instrutivos, desde as primeiras doses que nós fizemos, em 23 de janeiro, consta um parágrafo com a inscrição”, disse.
“[…] para que não haja qualquer desperdício de dose, está autorizada a aplicação a um profissional de saúde, idosos moradores da região da unidade de saúde e, em não havendo essas categorias, partir para pessoas com comorbidades. Se ainda assim, não for possível, a orientação é vacinar qualquer pessoa acima de 18 anos. Importante: não desprezar nenhuma dose viável da vacina”, continuou Aparecido.
Entretanto, a especificação sobre doses extras foi anexada nas notas técnicas apenas nesta sexta (12):