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SP projeta data para tirar obrigatoriedade de máscaras em ambiente externo

Medida depende da melhora de indicadores da pandemia e aumento da cobertura vacinal

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 27 Maio 2024, 19h17 - Publicado em 3 nov 2021, 15h36
Imagem mostra grande quantidade de pessoas na Avenida Paulista neste domingo ensolarado de inverno. Muitas pessoas usam máscaras, mas muitas também não usam
Pessoas usam máscara na Avenida Paulista (Alexandre Battibugli/Veja SP)
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O governo de São Paulo projeta data para liberar o não uso de máscaras em ambientes abertos. O plano é remover a obrigatoriedade do item em lugares ao ar livre a partir do dia 1° de dezembro, segundo o governador João Doria (PSDB).

A gestão estadual afirma que a medida pode ser tomada devido a queda no número de casos e óbitos causados pela Covid-19. João Gabbardo, coordenador executivo do Centro de Contingência do Coronavírus, explica que a decisão depende dos indicadores da pandemia dentro do estado.

“Se continuarmos com esses indicadores em queda, é possível atingirmos esses indicadores até a última semana epidemiológica do mês de novembro e, para o início do mês de dezembro, é possível que haja a liberação do uso de máscaras em ambientes abertos e sem aglomeração”, diz Gabbardo.

A flexibilização exige que 75% da população total do estado esteja com o esquema vacinal completo, o número de novos casos registrados diariamente seja menor que 1 100 e que as internações diárias sejam inferior a 300. O número de mortes pelo vírus deve ser menor que 50.

Atualmente, o vacinômetro de São Paulo indica que 88,04% da população adulta está com o esquema vacinal completo. Já em relação a população total, 68,63% recebeu as duas doses ou a dose única do imunizante. O número de novos casos está em 800 e as internações diárias estão em 400. O número de óbitos ainda está um pouco maior que o necessário, com 63.

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Gabbardo alerta que, para que os indicadores continuem a melhorar, é preciso que a população continue seguindo as recomendações de uso de máscara e distanciamento social. Caso o contrário, a taxa de transmissão pode aumentar, estendendo o prazo. Segundo Jean Gorinchteyn, secretário da Saúde, a liberação do item ocorrerá de forma gradual.

Bar em Santana, ao ar livre. É possível ver todas as mesas lotadas, com pessoas ocupando todas as cadeiras.
Bar na Avenida Luiz Dumont Villares: pagode e samba (Alexandre Battibugli/Veja SP)

O que dizem os especialistas

No início de outubro, quando a cidade de São Paulo pretendia remover o uso obrigatório de máscaras em ambientes ao ar livre, a Vejinha ouviu especialistas. Eles não viram vantagens consistentes na medida. O infectologista Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações, destacou que não há nenhum ganho objetivo ao deixar de usar o item de proteção.

“Não vejo um ganho consistente em remover a obrigatoriedade que justifique colocar as pessoas em risco, até porque a transmissão se dá por via respiratória. Já existe uma adesão baixa [ao uso de máscaras] e você desestimulando certamente vai piorar “, explicou na ocasião.

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Diretor da Fiocruz, Rodrigo Stabelli concordou com o colega, explicou que há uma “extensa subnotificação” de casos de Covid-19 e que as vacinas ainda precisam ser aprimoradas com o objetivo de erradicação do antígeno.

“Apesar de a vacinação diminuir a transmissão, as vacinas foram idealizadas e autorizadas para diminuição de casos graves e óbitos, e não para a erradicação da transmissão viral.  Mesmo os imunizantes com essa finalidade, como o do sarampo, demoraram mais de 5 anos para controle da doença após a imunidade da totalidade da população”.

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