Site guarda memórias e documentos para serem divulgados após sua morte
Idosos e pacientes terminais são os principais contratantes do serviço
Depois de perder seu pai de forma inesperada, o empresário Mário Cassio Maurício se sentiu perdido. Nunca tinha conversado com o genitor sobre questões de enterro, velório e outras burocracias que a morte traz. O trauma causado pelo episódio, entretanto, resultou em uma ideia para um negócio.
Mário lançou há dois meses o Meu Último Desejo, uma plataforma na qual pessoas podem reunir vídeos, textos, lembranças, documentos importantes, entre outros arquivos para serem divulgados após seu falecimento. A empresa cobra em esquema de planos até a data da passagem do seu cliente. O plano individual, com direito a 500 mb de armazenamento, sai por 2,99 reais por mês e o plano familiar, que agrega até três dependentes, sai por 5,98 reais mensais.
Até o momento, o site registrou 500 assinaturas, a maioria composta por idosos e pacientes com doenças terminais. Nenhum dos fregueses morreu até agora. Os dados ficam armazenados e criptografados. Por isso, as informações pessoais, como orientação em relação às preferências de como será o enterro, distribuição da herança e mensagens para filhos, amigos e parentes são somente repassadas após o falecimento.
Cada assinante possui dois tutores, para que, após a morte, eles autorizem o início do envio das mensagens para as pessoas antes definidas pelo usuário.