Entenda a eficácia de repelentes e inseticidas contra a dengue
Especialista explica quais os melhores tipos de produto para previnir a picada do Aedes aegypti
Com a alta no número de casos de dengue em São Paulo, ações de prevenção e conscientização contra o mosquito Aedes aegypti se multiplicaram. Repelentes e inseticidas são os métodos mais populares para prevenir a picada.
Porém, é necessários saber as recomendações para o uso desses produtos. Para isso, a Vejinha conversou com a médica dermatologista Caroline Aguiar.
Quais os tipos de repelente mais recomendados para prevenir contra a picada do Aedes aegypti?
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprova três principais substâncias químicas para produção de repelentes: o DEET, a icaridina e a IR3535. Dentre elas, a icaridina é a melhor, por conta da durabilidade. Então, o mais recomendado é utilizar repelentes à base de icaridina, em concentração de 20% a 30%.
Repelentes naturais de citronela, andiroba e óleo de cravo, por exemplo, são eficazes?
Os repelentes caseiros não são recomendados pelos órgãos da Saúde. Como não são regulamentados pela Anvisa, não é possível averiguar a concentração dos ativos utilizados e não possuem testes que comprovem eficácia e ofereçam segurança para quem utiliza. Além disso, eles podem ser misturados a ativos com muito álcool, por exemplo, que podem gerar dermatite de contato e alergias.
O uso de repelentes é recomendado para crianças a partir de qual idade?
O uso de repelentes não é recomendado para crianças até seis meses. A partir de seis meses até dois anos de idade é indicado o uso de produtos à base de IR3535.
Quantas vezes ao dia é recomendado aplicar o repelente?
O ideal é aplicar de duas a três vezes ao dia. Mais de três vezes é contra indicado especialmente para idosos e crianças, por conta do risco de absorção sistêmica, toxicidade e alergias. Os produtos de icaridina só precisam ser aplicados duas vezes para oferecer proteção média de 24 horas.
Outros métodos como inseticidas e repelentes elétricos também são recomendados?
Inseticidas e repelentes elétricos podem ser utilizados como métodos coadjuvantes. Inseticidas necessitam de cuidado no uso, porque podem causar reações tanto na pele como nas mucosas. Já os repelentes elétricos devem ser usados em ambientes arejados, com portas e janelas abertas ou entreabertas, também pelos riscos de toxicidade.