Prefeitura de São Paulo abrirá 1.100 novos leitos para atender Covid
Plano para tentar conter o avanço da doença inclui ainda ampliar horário de 39 unidades de saúde
Ante a explosão de atendimentos relacionada a casos de Covid-19 e gripe, a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo decidiu criar um plano de contingência que inclui a destinação de mais 1 100 leitos para receber pacientes acometidos pela doença, e ainda a ampliação de horário de atendimento de unidades de saúde que fazem o pronto atendimento.
Os leitos serão criados nos hospitais municipais Tide Setúbal, Waldomiro de Paula, Brasilândia, Guarapiranga, Parelheiros, Cachoeirinha, Menino Jesus e no hospital Professora Lydia Sotoropolli.
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Segundo o boletim da própria pasta, até esta quinta-feira (13) haviam 518 leitos exclusivos de Covid, sendo 368 para enfermaria e 213 em UTIs (unidades de terapia intensiva). Até esta quinta, eram 318 as pessoas internadas devido a Covid na rede hospitalar da cidade, sendo 123 em UTI, e 195, em enfermaria.
A pressão por novos leitos já ocorre no estado. Dados apresentados pelo secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn, na última quarta-feira (12), indicam um incremento diário de 7% na ocupação dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
Nas últimas duas semanas, houve aumento de 58% na ocupação de leitos de UTI devido a Covid-19, passando de 1 096 para 1727. A ocupação dos leitos de enfermaria quase dobrou, indo de 1 712 para 3 413.
Pronto atendimento
O plano inclui ainda a extensão do horário de atendimento de 33 unidades que fazem o pronto atendimento, entre AMAs (Assistências Médicas Ambulatoriais), UBSs (unidades básicas de saúde), e AMAs/UBSs Integradas. Atualmente elas funcionam até 19h, e, a partir da próxima segunda-feira (17), fecharão às 22h.
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Outras seis unidades, que atendem hoje durante 12 horas, passam a ser pelo período de 24 horas. Além disso serão montadas 23 tendas para evitar que as pessoas fiquem do lado de fora das unidades com mais demanda.
Greve
O anúncio de ampliação de horário é feito justamente no mesmo dia em que os médicos das UBSs decidiram cruzar os braços a partir do dia 19, próxima quarta-feira, justamente devido ao aumento de carga horária sem prévio aviso e sem pagamento extra.
Segundo a prefeitura, as horas extras feitas pelas equipes subordinadas às organizações sociais e relativas ao a no de 2021 será feito em duas etapas. Aqueles que são da administração direta e passaram a trabalhar aos sábados, terão as horas adicionais pagas junto com os salários.