Continua após publicidade

Covid-19 é encontrado em 88% das amostras em esgotamento de BH

A testagem do esgoto possibilita o diagnóstico do conjunto de indivíduos de uma comunidade

Por Agência Brasil
6 jun 2020, 12h32
 (José Cruz/Agência Brasil/Divulgação)
Continua após publicidade

Amostras de monitoramento feitas em 24 pontos de coleta do sistema de esgotamento de Belo Horizonte e Contagem (MG) indicam que a incidência do novo coronavírus (covid-19) aumentou significativamente na Bacia do Ribeirão da Onça, onde a presença do vírus chegou a 88% das amostras que coletadas entre os dias 11 e 15 de maio. No levantamento anterior, feito de 27 de abril a 8 de maio, o índice estava em 69%.

Assine a Vejinha a partir de 6,90 mensais

Na outra bacia analisada, a do Ribeirão Arrudas, houve “leve queda” do total de amostras positivas, que passaram de 50% para 43%. Os dados constam de boletim divulgado pelo projeto-piloto Monitoramento Covid Esgotos, a partir dos efluentes gerados por uma população de 2,2 milhões de habitantes, o que corresponde a quase 71% da população urbana de Belo Horizonte e Contagem.

O projeto abrange 24 pontos de monitoramento. Dezoito deles na rede coletora, e os demais em pontos dos ribeirões Arridas e Onça; e em pontos de entrada e saída das estações de tratamentos de esgoto locais.

Vigilância epidemiológica

O monitoramento de esgotos como ferramenta de vigilância epidemiológica não é uma novidade. Em meados dos anos 1850, o inglês John Snow usou essa ferramenta para entender a ocorrência da cólera e identificar as residências de pessoas que morreram por conta da doença no bairro do Soho, em Londres.

Continua após a publicidade

A expectativa é de que agora essa ferramenta seja aplicada também para acompanhar a situação da atual pandemia no Brasil, de forma a gerar dados que poderão ajudar os gestores na tomada de decisões inclusive sobre medidas como a de isolamento social.

A iniciativa, que terá duração inicial de dez meses, conta com a participação da Agência Nacional de Águas (ANA) e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto (Inct ETEs Sustentáveis), entidade vinculada à Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Segundo o coordenador do Inct ETEs Sustentáveis e professor da UFMG, Carlos Chernicharo, a testagem do esgoto possibilita o diagnóstico do conjunto de indivíduos de uma comunidade.

“Assim sendo, o esgoto passa a ser a amostra de fezes e de urina que representa o conjunto da população”, explicou durante uma videoconferência promovido pela Agência Nacional de Águas (ANA).

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de São Paulo

a partir de 39,96/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.