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Covid-19: nova cepa pode reinfectar até 60% dos que já tiveram doença, estima estudo

Dados apontam também que variante de Manaus é até duas vezes mais transmissível que a original

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 2 mar 2021, 17h27 - Publicado em 2 mar 2021, 17h25
Imagem mostra homem careca sendo testado para a Covid-19
Homem faz teste para Covid-19 (lukasmilan/ Pixabay/Divulgação)
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Um estudo sobre a nova variante brasileira da Covid-19, chamada também de cepa de Manaus, aponta que a mutação pode reinfectar quem já teve a doença. O artigo é de autoria do Centro Brasil-Reino Unido para Descoberta, Diagnóstico, Genômica e Epidemiologia de Arbovírus.

O grupo conta com cientistas da USP e da Universidade de Oxford. Os cientistas estimam que em parte dos já infectados pela doença (entre 25% e 60%) podem ser contaminados novamente pela variante de Manaus. Outro dado é que os resultados apontam que a variante é ente 1,4 e 2,2 vezes mais transmissível que a original.

Para o estudo foram analisadas 184 amostras de pacientes diagnosticados com a Covid-19 em um laboratório da capital do Amazonas entre novembro e janeiro de 2021.

“Esses números são uma aproximação, se trata de um modelo. A mensagem que os dados passam é: mesmo quem já teve Covid-19 precisa continuar se precavendo. A nova cepa é mais transmissível e pode infectar até mesmo quem já tem anticorpos. Foi isso que aconteceu em Manaus. A maior parte da população já tinha imunidade e mesmo assim houve uma grande epidemia”, disse Ester Sabino, cientista da USP, para a Agência Fapesp.

Neste estudo, os pesquisadores não souberam precisar se a variante consegue se replicar mais no organismo humano do que a outra linhagem. Contudo, Sabino afirmou que a hipótese da cepa de Manaus ser mais infecciosa “parece bastante provável e explicaria por que a transmissão da nova cepa é mais rápida”.

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Um estudo da Fundação Oswaldo Cruz indica que os infectados pela variante contam com uma carga viral no organismo até dez vezes maior do que os pacientes com o primeiro vírus.

CORONAVÍRUS EM SP

O governador de São Paulo, João Doria, disse nesta terça-feira (2) que o estado entrou na pior semana da pandemia desde o começo da crise sanitária e afirmou ainda que não descarta nenhuma medida contra o avanço do coronavírus. A expectativa é de que ele anuncie na quarta-feira (3) a regressão de todo o estado para a fase vermelha do Plano São Paulo. Reuniões com o Centro de Contingência devem acontecer ainda nesta terça para definir os rumos de combate à pandemia.

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