Bolsonaro diz que insumos da CoronaVac chegarão nos próximos dias; Doria rebate
Governo de São Paulo diz que presidente está mentindo e que todo o processo de negociação foi feito pela administração estadual e Butantan
O presidente Jair Bolsonaro afirmou, na tarde desta segunda-feira (25), que os insumos necessários para a fabricação da vacina CoronaVac estão próximos da liberação pela China e devem chegar ao Brasil “nos próximos dias”. A informação, segundo o presidente, foi repassada pela Embaixada do país asiático.
O governo de São Paulo, no entanto, diz que o presidente mentiu. “Não é verdade o que disse o Presidente Bolsonaro em redes sociais, de que a importação de insumos da China foi uma realização do Governo Federal”, afirma em nota.
Além dos insumos da CoronaVac, o presidente disse que os ingredientes farmacêuticos ativos (IFA) da outra vacina em uso no Brasil, a produzida pela AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford, também estão com trâmite acelerado para que possam ser enviadas da China.
– Embaixada da China nos informou, pela manhã, que a exportação dos 5400L de insumos para a vacina Coronavac, aprovada e já estão em vias de envio ao 🇧🇷, chegando nos próximos dias.
– Assim também os insumos da vacina Astra-Zeneca que estão com liberação sendo acelerada. (Segue)
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) January 25, 2021
“Todo o processo de negociação com o governo chinês para a liberação de 5.400 litros de insumo para a vacina do Butantan foi realizado pelo Instituto e pelo Governo de São Paulo, que vem negociando com os chineses a importação de vacinas e insumos desde maio do ano passado”, continua.
“Esta negociação é continua e nunca foi interrompida, mesmo quando o Governo Federal através do presidente da República anunciou publicamente em mais de uma ocasião, que não iria adquirir a vacina por causa de sua origem chinesa. Neste período, um total de 4 lotes de vacinas e insumos foram recebidas pelo Governo de SP sem nenhuma participação do governo Bolsonaro.”
De acordo com o Instituto Butantan, houve autorização do governo chinês para o envio dos insumos. “Eles não estão no aeroporto conforme equivocadamente publicado pelo Presidente da República, mas sim nas instalações da Sinovac, em Pequim.”
Com informações da Agência Brasil