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Após liminar do TJ, médicos recuam e suspendem greve em São Paulo

Decisão foi tomada em assembleia realizada nesta terça-feira (18)

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 19 jan 2022, 11h38 - Publicado em 19 jan 2022, 11h35
Imagem mostra dois profissionais de saúde de máscara, sentados
 (Marcelo Camargo/Agência Brasil/Reprodução)
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Os médicos que atuam nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) da cidade de São Paulo suspenderam a greve marcada para esta quarta-feira (19). A decisão foi tomada em assembleia realizada na noite de ontem, terça-feira, dia 18, após a Justiça de São Paulo conceder uma liminar favorável à Prefeitura de São Paulo, suspendendo a paralisação, sob pena de multa diária de R$ 600 mil em caso de descumprimento da decisão.

O Simesp e a categoria entendem que a ação da Prefeitura e da SMS (Secretaria de Saúde) foi arbitrária e um cerceamento ao direito de greve. Até ontem, o Sindicato não fora indiciado oficialmente, sendo notificado da decisão liminar do TJ-SP através da imprensa”, criticou a entidade, em post publicado em suas redes sociais nesta quarta. 

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A decisão foi tomada em uma assembleia extraordinária que contou com a participação de 200 médicos.

Eles fizeram duras críticas à decisão da administração municipal, dizendo que eles procuraram a Justiça sem antes dialogar com a categoria. “Aliás, esse tem sido o modo de agir da prefeitura e da SMS desde o anúncio do indicativo de paralisação, que ignoram tentativas de diálogo e acordos, enquanto divulga inverdades contra os trabalhadores e se usa da Justiça para impedir a mobilização”, informa a nota da entidade.

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Segundo o Simesp, a  categoria manteve o estado de mobilização permanente. Os médicos que trabalham em unidades básicas de saúde reivindicam a contratação de mais profissionais e o pagamento de horas extras. O sindicato diz ainda que em diversas unidades há falta de medicamentos para atendimento da população.

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Reivindicações atendidas
A avaliação do Simesp é que a mobilização da categoria tem obtido resultados, apesar da decisão judicial contrária a paralisação. A entidade comemorou o anúncio da prefeitura de que serão pagas todas as horas extras acumuladas até o último dia 31 de dezembro no banco de horas da categoria, assim como a contratação de mais 700 profissionais de saúde para a rede municipal.

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Além disso, a prefeitura disse por nota, que na negociação realizada ontem com o sindicato, informou que todas as horas extras serão pagas dentro da folha do mês em que foram feitos os plantões. Segundo o comunicado, as organizações sociais que administram equipamentos de saúde estão autorizadas a comprar medicamentos e insumos de forma emergencial caso a Secretaria Municipal de Saúde tenha dificuldades para manter o fornecimento.

A prefeitura também estabeleceu um plano de contingência que, a partir do próximo sábado (22), vai concentrar o maior número de profissionais nas unidades básicas de saúde com maior demanda. Nos hospitais municipais, foram reservados 1,1 mil leitos exclusivos para tratamento de pessoas com Covid-19.

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Mesmo sob o risco de restringir atendimento, no entendimento dos dirigentes da mobilização, a paralisação foi “compreendida pela população como fundamental pela superação das precárias condições de atendimento a que estão sujeito”,

“A categoria também obteve apoio de inúmeras entidades médicas, movimentos populares, conselhos de saúde e sindicatos, que estão convocando suas próprias assembleias”, informa trecho da nota.

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Com informações da Agência Brasil

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