Covid: Anvisa aprova aumento de validade de testes estocados
A afirmação foi feita pela diretora do órgão, Cristiane Jourdan; quase três milhões venceriam em dezembro
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o aumento do prazo de validade dos testes para a Covid-19 mantido em estoque pelo governo federal. A diretora do órgão, Cristiane Jourdan, fez o anúncio nesta quarta-feira (9). De acordo com reportagem do Estadão em novembro, o Ministério da Saúde armazena 6,86 milhões de testes que podem perder validade até janeiro de 2021. A pasta confirmou a informação.
A diretora explica que a decisão da Anvisa foi tomada em caráter excepcional e obedeceu a critérios técnicos. Ela participou de uma audiência da comissão do Congresso que acompanha as medidas de combate à pandemia do governo federal.
“Todas essas premissas e a análise criteriosa dos técnicos nos levaram a um parecer favorável à extensão dos prazos para a validade dos kits diagnósticos adquiridos pelo Ministério da Saúde”, diz Cristiane. Esses kits estão com vencimento datado entre os três primeiros meses de 2021.
No dia 2 de dezembro, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, explicou a medida de extensão de validade. “A caixa do kit, quando chegou, à época foi feito registro inicial com a Anvisa, e a empresa dando uma validade pequena, emergencial, para iniciar o uso. Bem pequena, de 8 meses. Essa validade inicial seria e será renovada. Porque os componentes do teste todos têm validade muito mais estendida”.
O vencimento original dos testes deve aumentar em quatro meses. De acordo com Ministério da Saúde, 2.814.500 dos testes têm data de validade em dezembro. 3.979.700 vencem em janeiro de 2021, 212.900 expiram em fevereiro de 2021 e 70.800 vencem em março de 2021. A extensão faz, por exemplo, que os testes com validade para dezembro possam ser usados até abril.
De acordo com Cristiane, um dos motivos que levaram ao aumento da validade são os crescentes casos de novos infectados pela Covid-19. “Como consequência desse cenário, (surge) a importância da testagem para enfrentamento da pandemia, aumento da demanda, possibilidade de haver escassez e eventual desabastecimento do produto”, explica.
A Anvisa afirmou que fez exigências ao Ministério da Saúde. Os lotes devem ser analisados mensalmente para comprovação da eficácia. Além disso, será cobrado um monitoramento das fases de manipulação dos medicamentos, como transporte e armazenamento.
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