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Candida auris: Anvisa alerta sobre ‘superfungo’ após 1º caso no Brasil

A levedura é resistente a medicamentos e produtos de limpeza; veja o que se sabe até agora

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 27 Maio 2024, 16h51 - Publicado em 9 dez 2020, 11h21
Tânia Rêgo/Agência Brasil
 (Tânia Rêgo/Agência Brasil/Veja SP)
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu uma nota nesta segunda-feira (7) alertando sobre o primeiro possível caso positivo no país de Candida auris, ‘superfungo’ resistente a medicamentos. Nesta terça-feira (8), o órgão confirmou que realmente se tratava deste tipo de infecção após testes feitos pelo Laboratório do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

“A amostra foi coletada de um paciente que está internado por complicações da COVID-19, em UTI geral de um hospital do estado da Bahia. Em 04/12/2020 foi identificada cultura de ponta de cateter positiva para levedura sugestiva de C. auris”, diz a agência na nota publicada na segunda-feira (7). Anteriormente, em 2017, ela já havia feito uma notificação sobre a mesma doença. 

Segundo a revista científica BMC Infectious Diseases, um estudo publicado em novembro revelou que há, pelo menos, 4,7 mil casos de infecção pela Candida auris registrados em 33 países, com taxa de mortalidade média em 39%. A primeira ocorrência foi em 2009, no ouvido de uma paciente japonesa. 

A Anvisa afirma que o fungo emergente representa uma séria ameaça à saúde pública. Além da forte resistência a medicamentos e ser fatal principalmente em pacientes com comorbidades, ele é difícil de ser identificado, podendo ser confundido com outras espécies de leveduras e até causar infecções invasivas. 

A Candida auris também pode sobreviver por longos períodos no ambiente, variando de semanas até meses, e apresenta resistência a diversos desinfetantes. Suas características favorecem a ocorrência de surtos, como aconteceu no ano de 2016, em Cartagena, na Colômbia. 

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O órgão recomendou que haja um reforço da vigilância laboratorial do fungo em todos os serviços de saúde do Brasil como forma de prevenção.

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