Marina Rheingantz exibe pinturas criadas a partir de fotografias
Aos 27 anos, a paulista de Araraquara segue como uma das principais revelações da arte brasileira recente
Paulista de Araraquara, Marina Rheingantz, de 27 anos, segue como uma das principais revelações da arte brasileira recente. Depois de realizar na Galeria Fortes Vilaça a mostra “Camping”, em 2010, ela agora ocupa uma pequena sala no Centro Universitário Maria Antônia com Everybody Knows This Is Nowhere — título de um disco clássico do cantor canadense Neil Young. Apesar de exíguo, o espaço dedicado às cinco telas ganha força pela sensação de aconchego que envolve o espectador.
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Ex-integrante do grupo de jovens pintores 2000e8 ao lado dos talentosos Rodrigo Bivar, Bruno Dunley e Regina Parra, Marina enfoca paisagens, em especial praias, jardins ou mesmo a cidade ao longe, inspiradas em fotografias, porém bastante alteradas pela artista, a ponto de muitas vezes se aproximarem da abstração pura. Observa-se nas formas dissolvidas e delicadas das obras a influência do russo Nicolas de Stäel (1914-1955), pouco conhecido no Brasil. Matisse vem à mente quando se apreciam as sofisticadas harmonias cromáticas.
Outras quatro exposições acabam de ser inauguradas no local. Vencedor do Prêmio Pritzker em 2006, o experiente arquiteto Paulo Mendes da Rocha exibe maquetes e projetos. O fotógrafo Alberto Bitar apresenta imagens de cenários borrados, enquanto Marcos Goratti transforma um acidente de trânsito em uma cena quase infantil por meio de carros enormes de espuma na instalação “Car Crash e Outros Deslocamentos”. Ex-integrante do Grupo Frente, João José Costa ganha uma retrospectiva de quadros e desenhos de inflexão geométrica.
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