Menos assassinatos, mais roubos
Secretaria de Segurança Pública divulga a menor taxa de homicídios desde 1965, mas a incidência de latrocínios aumentou
Na semana passada, a Secretaria de Segurança Pública divulgou uma boa notícia para os paulistanos. A taxa de homicídios da cidade nos primeiros seis meses deste ano foi de 8,3 mortes por 100.000 habitantes, o menor índice desde os anos 60. Seis distritos, metade deles fincados na Zona Leste, zeraram o número dessas ocorrências: Alto da Mooca, Parque da Mooca e Vila Carrão, ao leste, Cambuci, no centro, Campo Grande, na Zona Sul, e Limão, na Zona Norte. Desde o início da década, o total de assassinatos vem caindo — em 2000, foram 58,48 registros por 100.000 habitantes.
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A Zona Sul, no entanto, continua sendo a mais violenta e concentrando as três áreas com mais mortes. Parque Santo Antônio, com 28 assassinatos, Campo Limpo, com 23, e Capão Redondo, com 18, lideram o tenebroso ranking.
Embora os homicídios estejam baixando, os latrocínios, roubos seguidos de morte, cresceram no período. Neste semestre, houve 12% de aumento desse tipo de crime na cidade. Os locais com maiores índices são Perus, na Zona Norte, Santo Amaro, na Zona Sul, e Penha, na Zona Leste. Outro indicador que preocupa diz respeito aos crimes contra o patrimônio (roubo, furto e roubo de veículos, de cargas e a banco), que tiveram alta de 11,5%. Para a polícia, a possibilidade de as pessoas fazerem boletins de ocorrência pela internet pode ter contribuído para um aumento gradual dos números de furtos e roubos. No mês passado, a secretaria anunciou que reformulará o atendimento nas delegacias, para prestar serviços com mais eficiência.