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Novo jurado do “Ídolos”, Rick Bonadio não está à procura de cantores

Produtor musical diz ainda que está torcendo por dois candidatos do programa

Por Alexandre Aragão
Atualizado em 14 Maio 2024, 12h48 - Publicado em 5 abr 2011, 21h59
Rick Bonadio
Rick Bonadio (Só na primeira fase de Ídolos, Bonadio passou por quatro cidades: O pior já passou/)
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Compositor, palmeirense, fascinado por motos e campeão brasileiro de tiro prático. Ah, sim, também produtor musical e mais novo jurado do programa “Ídolos”, da Record. Este é o currículo de Rick Bonadio, responsável por lançar sucessos como Mamonas Assassinas, Charlie Brown Jr. e, mais recentemente, NX Zero e Manu Gavassi.

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Bonadio começou sua carreira na música pelas mãos de um ex-jurado da atração que, antes, fazia parte da grade do SBT. O produtor musical Arnaldo Saccomani foi responsável pela única empreitada de Rick Bonadio como cantor, o álbum da dupla de rap Rick e DJ Nando, lançado em 1988. “Arnaldo foi o primeiro cara que me deu uma oportunidade nesse mercado”, conta. Segundo o produtor, foi Saccomani quem arranjou seu primeiro emprego em uma rádio, a Jovem Pan.

No “Ídolos”, Saccomani ficou famoso pela seguinte frase: “Meu voto é não”. Ponto. Bonadio garante que, nesse aspecto, não segue o estilo de seu mentor. “Eu não perdi a paciência com nenhum candidato. E não vou perder.” Com uma carreira de produção baseada em lançar novos talentos, o produtor vê no programa uma boa oportunidade de encontrar possíveis minas de ouro. “Quando estou no júri, não procuro um cantor, procuro um artista”, explica. “Aquele cara que emociona, que te deixa magnetizado, que te arrepia.”

Segundo ele, a maior dificuldade de participar do “Ídolos” é o cansaço das gravações. Na primeira fase, elas aconteceram em Uberlândia (MG), Florianópolis (SC), Rio de Janeiro e São Paulo. “Não posso me dar ao luxo de deixar passar um cara bom porque estou cansado”, diz.

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Para Bonadio, o principal obstáculo para que os melhores vençam o programa é a escolha do público. “As pessoas não podem dar votos técnicos, têm que eleger com o coração, optar pela história que mais chamar a atenção.” E qual foi a história que mais lhe encantou? “Não posso falar, senão vou entregar para quem estou torcendo”, diz, entre risos. “Estou torcendo para dois candidatos, um homem e uma mulher.”

Fora do “Ídolos”, o produtor continua a garimpar novos talentos. Ele conta que, desde os Mamonas Assassinas, em 1995, a indústria da música mudou do vinho para a água. “Antes, se você acreditava no artista, era moleza. Chegava numa gravadora e ela fazia todo o trabalho, punha para tocar no rádio, fazia clipe, colocava na televisão. Os discos, se fossem bons, vendiam.” Agora, boa parte de seu trabalho passa pela internet. Mais especificamente, pelo Twitter. “Tenho uma conta (@rickbonadio) com bastante seguidores. A maioria dos artistas novos mandam links para mim e eu escuto todo mundo”, conta. “Todo mundo.”

Entre tantas audições, tuitadas, gravações e outros compromissos, Bonadio ainda acha tempo para os filhos, o caçula, Leonardo, e Gabriela. “A Gabi, inclusive, costuma me dar vários toques”, diz. “Ela tem 14 anos, fica ligada no que está rolando.” Ele conta que Manu Gavassi, seu mais recente sucesso como produtor, foi a melhor dica que ele já recebeu da filha.

Para ser um caça-talentos, e dos bons, é preciso saber ouvir. “O que eu seria se não fosse produtor musical?”, reflete. “Um Zé Mané”, conclui, antes de cair nas gargalhadas.

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