Ópera para jovens
Tido como programa para adulto, canto lírico tenta atrair jovens espectadores
O Núcleo Universitário de Ópera (NUO) quer mudar o estereotipo de que jovens só gostam de cinema, balada e shows. A ideia é emplacar o canto lírico como opção de entretenimento para os mais novos, dando tom mais moderno aos concertos.
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A companhia estreia seu novo espetáculo no dia 6 de dezembro, no Teatro Maria Della Costa. “Os Gondoleiros”, de W.S Gilbert e Arthur Sullivan, é uma ópera cômica com bonecos. A apresentação tem curta temporada: será exibida apenas até 8 de dezembro.
O grupo já apresentou 15 montagens, com média de 1.200 pessoas por espetáculo. No repertório da companhia, há obras como “Utopia, Limitada”, também de Gilbert e Sullivan, e “Moscou, Tcheryomushki”, de Dmitri Shostakovich, em palcos renomados como o do Teatro São Pedro.
O NUO surgiu em 2003 com cantores líricos e instrumentistas entre 20 e 30 anos. A juventude acabou por se refletir na plateia, normalmente não habituada ao gênero. O idealizador do projeto foi o maestro Paulo Maron. “Meu objetivo era atrair um novo público, e começamos a fazer montagens leves para mostrar que é possível se divertir com a ópera e fugir daqueles dramalhões.”
Após oito anos de estrada, Maron celebra o sucesso da companhia. “Quando anuncio que temos vagas para músicos, formam-se filas para entrar no núcleo”. O grupo também aposta na sustentabilidade: a direção de arte dos espetáculos se baseia na reciclagem de materiais e sempre reutiliza equipamentos cênicos utilizado em montagens anteriores.