A moda das faixinhas de cabeça
Chamada de headband, a peça enfeita os cabelos de lançadoras de tendências — e vira mania em centros de comércio populares
Mesmo quem detesta o “Big Brother Brasil” já deve ter visto, ainda que no intervalo de um telejornal, uma das participantes do reality com a cabeça enfeitada. Seja a mulata carioca Jaqueline ou a ex-Felina paulistana Maria, toda hora alguma delas surge no vídeo com fitinhas de cabelo mais conhecidas como headbands.
Uma voltinha por centros de comércio popular como a Rua 25 de Março comprova que a moda da televisão, mais uma vez, emplacou. O acessório de influência hippie definitivamente está de volta como parte do visual “gipset” — palavra que resulta da mistura de “gipsy” (cigano, em inglês), com jet-set.
“É um ótimo truque para os dias em que o cabelo acorda rebelde”, ensina a apresentadora e consultora de moda Lilian Pacce. “No Fashion Rio, a Glorinha Kalil apareceu usando headband em vários dias”, conta.
Calma, a expert fashion Gloria Kalil não se inspirou nas meninas do “BBB”— e nem na atriz Janaína Jacobina, que exibia o acessório em outro reality, “A Fazenda”, da Record. No caso dela, foi um jeito de contornar o efeito implacável do calor carioca nos fios de cabelo. é mais provável que a inspiração de Gloria tenha vindo de grifes como Lanvin e Dolce & Gabbana. Ambas levaram as faixinhas à passarela em seus desfiles de verão 2010.
O tipo e o comprimento do cabelo são indiferentes para o uso da peça, mas deve-se tomar cuidado com o formato do rosto. “Quem tem a testa pequena deve apostar em tiaras, mais finas”, ensina o cabeleireiro e maquiador Marcos Costa. Para as de rosto arredondado, peças retas e estreitas caem melhor. Se a face for oval, comprida ou quadrada, as indicadas são headbands levemente curvadas.
O acessório pode surgir com diversos materiais. O mais comum é o tecido cru, mas também é possível encontrar headband de capim dourado, couro e até de metais — peças bem elaboradas para ocasiões mais formais, como festas e casamentos.
A cantora teen Manu Gavassi, que transformou as faixas em marca registrada, opta por uma versão bastante econômica. “Compro fitinhas de couro na 25 de Março, que custam 50 centavos cada uma. Não sei nem se elas são feitas para amarrar na cabeça”, conta ela, que na foto que abre esta reportagem exibe um modelo em metal.
Por falar nessa matéria-prima, a designer Marina Sheetikoff confecciona peças com aço inox e prata. “Deixo-as muito versáteis, tanto para usar na praia, com o cabelo molhado, quanto em uma superprodução.” Lilian Pacce concorda: “O modelo de metal pode ser usado à noite e combina com verão.”
Os preços variam tanto quanto a variedade de matérias-primas. Em butiques especializadas, o acessório pode chegar a 40 reais. As de Marina, feitas apenas sob encomenda, custam entre 1500 e 1800 reais.