Google lança ferramenta que permite ‘passear’ pelas ruas de São Paulo
Paulistanos poderão sugerir locais marcantes da cidade que ainda não tenham sido fotografados pelo Google Street View
Entre janeiro e fevereiro deste ano, 15 carros equipados com câmeras em todas as direções circularam pela Grande São Paulo tirando mais fotos que todos os paparazzi da capital juntos. Foi o processo de criação necessário para abastecer de conteúdo o Google Street View, serviço lançado nesta quinta-feira (30) que permite ao usuário ver fotos em três dimensões de locais do mundo todo— e agora também de São Paulo.
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Dá para ver imagens da sua casa, às vezes até com algum parente seu caminhando pela rua. Para evitar constrangimentos, o Google trata as fotos antes de colocá-las no ar e apaga ou dificulta a visualização de rostos e placas de carro.
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Se alguém se sentir invadido, pode fazer uma reclamação por meio do próprio site, que retira as imagens após análise do caso. Para acessar, entre nesse link e clique em ‘Experimente o Street View’.
Além de São Paulo, também serão contemplados pelo serviço a partir de hoje as cidades do Rio de Janeiro, Belo Horizonte e algumas cidades históricas mineiras, como Ouro Preto e Congonhas.
Até domingo, quando o Google Street View ficará disponível para todos, apenas 1% dos usuários poderá ver as imagens.
Fotos de usuários
Como espaços fechados não puderam ser fotografados pelos veículos, o Google lançará um concurso entre os paulistanos para escolher um ponto que não pode ficar de fora do site. O local será fotografado com um dos quatro únicos Google Trikes_um triciclo com câmeras_ existententes no país. A ‘bicicleta’ do Google também vai fazer imagens de ruas estreitas.
Presente em 30 países, o Google Street View surgiu em 25 de maio de 2007, nas cidades de Nova York, São Francisco, Las Vegas, Denver e Miami, todas nos Estados Unidos. No Brasil, as cidades que sediarão jogos da Copa do Mundo de 2014 têm prioridade, ao lado de cidades turísticas.
Na capital paulista, os automóveis tiveram que ser especialmente preparados. “Fora o trânsito da cidade, tivemos que nos preocupar em reforçar a base das câmeras por causa do asfalto irregular e do grande número de buracos”, conta Felix Ximenes, diretor de comunicação do Google. A velocidade média dos carros foi de 30 quilômetros por hora.
Como se trafegar por todas as vias da cidade já não fosse um grande desafio, os engenheiros do Google tiveram que driblar os famosos congestionamentos. A etapa mais trabalhosa, porém, foi o tratamento das fotos, tarefa que coube a um software especialmente desenvolvido para juntar as imagens e conferir a aparência 3D. Por conta desse processo, as fotos demoram até seis meses para entrar no ar.