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Chefs apostam na moda do cannoli

Para Carlos Bertolazzi, do Zena, e Flavio Federico, do Sódoces, a sobremesa italiana é a próxima onda gastronômica

Por Bruna Gomes e Daniel Ottaiano
Atualizado em 5 dez 2016, 18h10 - Publicado em 16 abr 2011, 00h24

“Leave the cupcake, take the cannoli” (deixe o cupcake, pegue o cannoli), brinca o chef Carlos Bertolazzi, ao parodiar a famosa citação de “O Poderoso Chefão” (“leave the gun, take the cannoli”) para defender o doce italiano. Segundo o sócio do Zena Caffè, a receita siciliana é próxima tendência entre as sobremesas paulistanas. Para ele, já passou a fase do bolinho americano, assim como a dos macarons, a dos brigadeiros…

Bertolazzi não está sozinho. Quem faz reverência ao doce junto com ele é o confeiteiro Flávio Federico, dono da Sódoces. “Tenho 43 anos e como cannoli desde que era criança. De uns tempos para cá, porém, ele tem cada vez mais destaque”, afirma. O chef diz que adotará o doce em seu cardápio após a Páscoa.

+ Veja receita de cannoli

Defensor da receita clássica, Bertolazzi diz acreditar que a moda vai se apoiar na versatilidade do canudo, ganhando recheios diversos. “Vai virar essa linha bonitinha, tipo do cupcake”, setencia. “Em Nova York, por exemplo, já existe cannoli de after eight [chocolate e menta].” No Zena Caffè, o doce é servido apenas na versão original: massa crocante recheada de creme de ricota e frutas secas (14,50 reais, duas unidades).

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Outro integrante do time que joga suas fichas na nova tendência é o cannoleiro Alexandre Leggieri (www.cannoleria.com), que decidiu se dedicar a produzir o doce por encomenda. Também é possível encontrar os canudinhos no Tappo Trattoria (14 reais), no Taormina (3 reais o pequeno) e na Di Cunto (4,50 reais). Na Rua Javari, já é tradição: o Seu Antônio Garcia vai a (quase) todos os jogos do Juventus e causa filas por conta de seu cannoli, que custa 1 real. Em um dia movimentado, ele vende 240 rolinhos.

Outras apostas

Tadeu Brunelli

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Whoopie: La Vie en Douce faz versões abrasileiradas

Com menos força que o cannoli, outras sobremesas já se destacam nas pâtisseries. Na opinião de Carole Crema, do La Vie en Douce, é uma bolachinha (de sotaque americano) que deve ganhar fama: os whoopies. Em sua loja, a massa macia já recebeu recheios abrasileirados, como paçoca, coco queimado e pão de mel (todos a 4 reais por unidade). “É supertendência, está todo mundo comendo”, diz. “Quando comecei a escutar sobre o whoopie, senti que tinha alguma coisa para acontecer… Acertei na tendência”, comemora.

Também já tem a atenção dos paulistanos o chocolate de cacau fino brasileiro, principalmente de Patrícia Landmann, sócia do Chocolat du Jour. A loja utiliza a matéria-prima Pratigi para preparar seus bombons. “É um produto já valorizado lá fora. No Brasil, às vezes, precisamos disso: algo fazer sucesso lá fora para ganhar destaque aqui.”

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A opinião é compartilhada por Mara Mello, dona da doceria que leva seu nome. Ela diz acreditar que a pâtisserie se desenvolveu bastante nos últimos tempos, a ponto de também ser influenciada pela busca constante por novidades no mundo gastronômico. “As pessoas viajam mais, vêem coisas diferentes.”. Independentemente se italianos, americanos ou brasileiros, novos doces despontam como as novas estrelas das vitrines. Será que a moda pega?

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