Seleção de 3 200 animais espalhados em área de Mata Atlântica é um bom programa para a família
Por Bruna Ribeiro
Atualizado em 1 jun 2017, 17h47 - Publicado em 15 mar 2013, 18h05
O Zoológico de São Paulo faz parte da vida dos paulistanos há mais de cinquenta anos. Quase todo mundo se lembra da primeira vez em que foi ao endereço, muitas vezes em uma excursão da escola. O deslumbramento ao ver um elefante de pertinho é uma sensação que une gerações. Aquele bicho que por vezes aparecia na TV existia, sim, e era enorme. Será?
Faça o teste e visite novamente a seleção de 3 200 animais espalhados em 824 529 metros quadrados de Mata Atlântica. Como as proporções mudam com o tempo, é bem provável que não ache o paquiderme assim tão grande. Por isso mesmo o Zoológico é um passeio que pode revelar surpresas não só para as crianças.
1/17Tucano-toco: sua beleza o faz alvo do tráfico de animais. Como os outros animais desta galeria, este exemplar vive no Zoológico de São Paulo(Divulgação)
Tucano-toco: sua beleza o faz alvo do tráfico de animais. Como os outros animais desta galeria, este exemplar vive no Zoológico de São Paulo
2/17Elefante asiático: as orelhas são de grande importância para ele, pois quando abanadas fazem com que o calor em excesso no corpo diminua, resfriando o animal(Divulgação)
Elefante asiático: as orelhas são de grande importância para ele, pois quando abanadas fazem com que o calor em excesso no corpo diminua, resfriando o animal
3/17Arara-canindé: Pode medir 80 centímetros de comprimento. É encontrada desde a América Central até o sudeste do Brasil, Bolívia e Paraguai.(Divulgação)
Arara-canindé: Pode medir 80 centímetros de comprimento. É encontrada desde a América Central até o sudeste do Brasil, Bolívia e Paraguai.
10/17Jacaré: sua pele é de escamas impermeáveis, que impedem a transpiração. Quando está com calor, ele abre a boca para baixar a temperatura(Divulgação)
Jacaré: sua pele é de escamas impermeáveis, que impedem a transpiração. Quando está com calor, ele abre a boca para baixar a temperatura
11/17Leão: Um macho adulto pode consumir até 40 quilos de carne em uma refeição. Depois de se alimentar, pode descansar sobre a carcaça por dias(Divulgação)
Leão: Um macho adulto pode consumir até 40 quilos de carne em uma refeição. Depois de se alimentar, pode descansar sobre a carcaça por dias
14/17Tamanduá-bandeira: Em vida livre, está sempre sozinho, sendo encontrado em pares apenas em época de acasalamento ou fêmeas com filhotes(Divulgação)
Tamanduá-bandeira: Em vida livre, está sempre sozinho, sendo encontrado em pares apenas em época de acasalamento ou fêmeas com filhotes
17/17Arara-pitanga: quando forma um casal, fica junto por toda a vida. Vivem em árvores altas e em grandes grupos que fazem bastante barulho(Divulgação)
Arara-pitanga: quando forma um casal, fica junto por toda a vida. Vivem em árvores altas e em grandes grupos que fazem bastante barulho
A aventura toda começou em 16 de março de 1958, com apenas 482 exemplares silvestres, com camelos e ursos inclusive, adquiridos de um pequeno circo particular. Os representantes da fauna brasileira, como onças e galos da serra, vieram de Manaus. “Hoje em dia, não pegamos mais animais da natureza. Fazemos isso somente para pesquisa, quando há risco de extinção”, conta o biólogo Caio Bissa, de 23 anos. “Em geral, eles nascem aqui ou chegam de outros zoológicos.”
De acordo com Bissa, há milênios os povos capturavam espécies das regiões que dominavam para demonstrar poder. “Quanto mais raros eles eram, mais status.” O primeiro espaço nos moldes dos zoológicos modernos surgiu na Áustria, em 1752. Apenas os convidados do imperador Francisco I visitavam o local. “Só 27 anos depois, quando foi aberto ao público em geral, é que começou a preocupação com os bichos.” E as jaulas com chão de concreto deram lugar a reproduções do habitat natural de cada um.
Atualmente, os melhores espaços do Zoológico de São Paulo são os da onça pintada, do macaco barrigudo, dos micos, chimpanzés, orangotangos e das serpentes. Os recintos são feitos de vidro. “Eles protegem do som de fora e possibilitam que os visitantes fiquem mais próximos deles”, diz Bissa.
Além da manutenção da exposição de animais, a conscientização ambiental se tornou uma preocupação do zoo, a partir dos anos 80. São realizadas periodicamente atividades educativas gratuitas voltadas para o público infantil. A mais nova delas é a Vida de Bicho, inaugurada no início de dezembro. O espaço faz apresentações didáticas com diversas espécies de animais em cenários que representam seus habitats naturais.
Já a exposição Caminho da Serpente exibevinte répteis. A cascavel e a anaconda fazem mais sucesso. A textura da pele desses bichos foi reproduzida em objetos à disposição do público.
Quem quiser aprender um pouco mais sobre a vida dos índios, deve ir ao Espaço Abaré. Os educadores explicam como são os rituais e a sua relação com a natureza — tudo isso dentro de uma oca. Há também um local para observar o pequeno mundo das formigas e conhecer os hábitos dos sapos. Os profissionais que ali trabalham se dedicam ainda a pesquisas, a exemplo da reprodução do gato do mato pequeno, desde 2000.
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