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Administradores criam rede social que ajuda trabalho de ONGs

Grupo encontra novos voluntários para as entidades

Por Júlia Gouveia
Atualizado em 5 dez 2016, 15h58 - Publicado em 24 Maio 2013, 18h49

Em janeiro, a Morungaba, ONG no bairro de Pinheiros que cuida de crianças carentes e da inclusão de pessoas com deficiência, tinha apenas dez voluntários e necessitava urgentemente aumentar sua força de trabalho. Depois da publicação de um anúncio na internet, uma série de interessados apareceu e hoje a entidade conta com uma equipe de 27 pessoas.

Algo semelhante ocorreu com a Pró Mais Vida, que mantém um asilo para idosos em Mogi das Cruzes, a 63 quilômetros da capital. Em fevereiro, a organização precisava de uma equipe para realizar em duas semanas os preparativos de uma festa de casamento entre dois velhinhos que se conheceram no local. Graças à divulgação da história em um site especializado, mais de quarenta pessoas se candidataram a ajudar.

Nesses dois casos, a página responsável por aproximar ONGs precisando de ajuda dos candidatos a realizar trabalhos voluntários foi a da rede social Atados. O endereço está no ar desde novembro. Na ocasião, quatro estudantes do último ano da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP, insatisfeitos com a perspectiva de ingressar em uma carreira no mundo corporativo, procuravam um caminho diferente para iniciar um negócio. “Sentíamos falta de um propósito maior na vida”, lembra André Cervi, um dos fundadores da Atados, ao lado dos colegas Daniel Assunção, Luís Madaleno e Bruno Sepulcri.

Em pouco mais de um ano, cerca de 10 000 pessoas se inscreveram no endereço. Desse total, cerca de 1 300 realizaram trabalhos voluntários depois do cadastro. A página funciona com um time de trinta integrantes. Parte da renda necessária para manter o serviço vem de consultorias que os administradores dão a empresas interessadas no engajamento de seus empregados em ações sociais.

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Além disso, o quarteto responsável pelo site encontra tempo para pôr a mão na massa em atividades voluntárias. Cada um está envolvido com alguma entidade. Madaleno, por exemplo, atua em um abrigo para crianças, enquanto Sepulcri auxilia uma organização de cuidados para animais. É um trabalho que poderia inspirar outros jovens paulistanos a replicá-lo.

Nomes: André Cervi, Bruno Sepulcri, Daniel Assunção e Luís Madaleno

Profissão: administradores

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Realidade que transformaram: criaram uma rede social para ONGs conseguirem novos voluntários

 

 

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