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Rolezinho terá autorização de shoppings e limite de participantes

Em reunião com a prefeitura e a associação de shoppings, garotos concordaram em não levar mais multidões para dentro dos estabelecimentos

Por Nataly Costa
Atualizado em 5 dez 2016, 15h17 - Publicado em 29 jan 2014, 17h15

Em uma reunião com a prefeitura de São Paulo, a Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) e o Ministério Público Estadual (MPE), os organizadores dos rolezinhos aceitaram colocar algumas regras nos encontros em troca de apoio e segurança. Um dos acordos firmados é que os “rolês” que reúnam uma grande quantidade de pessoas sejam feitos fora dos shoppings, em parques – como o Ibirapuera, que já sediou um – ou praças públicas. 

+ Quem são os organizadores e participantes dos “rolezinhos”

Cada shopping ficará responsável por estipular um público máximo para receber em cada um dos rolezinhos. Os organizadores terão de pedir autorização prévia para a administração, que deve determinar em que espaço acontecerá o encontro – estacionamento ou praça de alimentação, por exemplo. “A gente entende que o Shopping Itaquera não comporta mais do que 5 000 pessoas e nossos eventos juntam muito mais gente que isso. Então, deixar o shopping para rolês menores, de umas 500 pessoas, e os grandes vamos fazer em parques”, disse Jonathan David, de 19 anos, o MC Chaveirinho. 

Além de David, participaram da reunião cerca de quinze “lideranças” do rolezinho, com representantes de todas as regiões da cidade, além do secretário municipal de Igualdade Racial, Netinho de Paula, o presidente da Abrasce, Luiz Fernando Veiga, e o promotor de Direitos Humanos do MPE, Eduardo Valério. “Recebemos uma orientação do prefeito para dialogar com esses garotos e usar a força de mobilização deles em atividades do bem, como campanhas de vacinação, por exemplo”, disse Netinho. Um dos meninos chegou a mencionar que em um dos próximos rolês será promovida uma campanha de arrecadação de brinquedos para crianças com câncer. Eles também afirmaram que vão criar uma associação dos organizadores dos rolês. 

+ Vídeo: como nasce um rolezinho

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A prefeitura e o Ministério Público se comprometeram a garantir segurança e apoio logístico aos rolezinhos em locais públicos. Os garotos reclamaram de serem maltratados pela polícia quando se reúnem na rua e, por isso, teriam escolhido os shoppings por serem locais seguros. “Mas acabou que saímos como ladrões na história. Vamos fazer o rolezinho no Ibirapuera, que não tem nem o que roubar, e vamos provar que o negócio é organizado”, disse Vinicius Andrade, que tem 100 mil seguidores (ou “fãs”) no Facebook e é um dos líderes dos rolezinhos que acontecem nos shoppings da Zona Sul. 

Para que os eventos não saiam do controle, a ideia dos garotos é criar grupos fechados no Facebook para convidar os fãs – até então, os encontros eram marcados abertamente pela rede e qualquer um podia participar.

Na sexta-feira, o mesmo grupo se reúne com os administradores do Shopping Itaquera para “estabelecer as diretrizes” dos próximos encontros.

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