Gestão de Fernando Haddad atinge a maior taxa de reprovação
A um ano da eleição, pesquisa do Datafolha mostra que atual prefeito tem a rejeição de 49% dos paulistanos e nota média de 4,1
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), enfrenta a pior avaliação de sua gestão desde janeiro de 2013, quando assumiu o mandato. Segundo pesquisa do Datafolha realizada nos dias 28 e 29 de outubro, 49% dos paulistanos reprovam a atual administração da cidade, considerando-a ruim ou péssima. Outros 34% consideram a gestão regular e apenas 15% a avaliam como ótima ou boa. Numericamente, é a pior marca de Haddad, acima dos 47% de julho de 2014 e dos 44% de fevereiro passado, datas de pesquisas anteriores. A margem de erro tem três pontos percentuais para mais ou para menos.
+ Taís Araújo é alvo de ataque racista na internet
O último prefeito com taxa de reprovação tão baixa foi Celso Pitta. Ele encerrou sua gestão, em 2000, com 81% de reprovação do paulistano. Já Haddad aparece com baixa aprovação desde os protestos de junho de 2013 e mostra pequenas oscilações. A rejeição às ciclovias criadas em sua gestão também vem aumentando. Desde então, o prefeito não conseguiu se recuperar. Indagados pelo Datafolha, os paulistanos deram uma nota média de 4,1 ao atual prefeito.
+ Veja as principais notícias da cidade
No intervalo de oito meses entre os dois últimos levantamentos, Haddad ainda lançou mão de medidas polêmicas que dividiram a opinião dos paulistanos e pouco avançou nas principais promessas como creches, corredores de ônibus e moradias populares. A redução da velocidade máxima em ruas e avenidas e o fechamento da Avenida Paulista para carros aos domingos foi o divisor de águas entre os entrevistados.
+ Museus fazem programação especial para dia dos mortos
O pequeno alívio na avaliação positiva de Haddad vem dos eleitores mais jovens ((20% na faixa de 16 a 24 anos) e os mais escolarizados (22% entre aqueles com curso superior). Já a rejeição fica ainda mais dura entre os mais velhos (só 10% daqueles com idade acima de 45 anos aprovam a administração do petista). Entre os mais pobres (com renda mensal familiar de até dois salários mínimos), a aprovação a Haddad é de apenas 12%, ante 23% entre os mais ricos (renda superior a dez mínimos).
Na disputa das eleições do ano que vem, a ex-prefeita Marta Suplicy (ex-PT e atualmente no PMDB) pode ser uma das adversárias de Haddad, possivelmente ao lado de Datena, Celso Russomano e João Dória Júnior.
+ Eleições municipais podem ter um trio de apresentadores na disputa