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Mortes no trânsito caem 20,3%, afirma prefeitura

Segundo a CET, no oito primeiros meses de 2015 houve 686 vítimas fatais contra 861 no mesmo período do ano passado 

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 5 dez 2016, 11h54 - Publicado em 5 nov 2015, 12h54

Nos oito primeiros meses de 2015, o número de mortos no trânsito da capital teve queda de 20,3%, em comparação com o mesmo período de 2014. Passou de 861 vítimas para 686, de acordo com dados da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) apresentados na quarta (4) pelo prefeito Fernando Haddad (PT) e pelo secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto.

Pedestres são quase metade das vítimas no trânsito

Se considerados somente os dados de agosto, a queda é ainda maior: neste ano, foram registradas 80 mortes, redução de 28,6% em relação aos 112 mortos no trânsito da capital no mesmo mês de 2014. Pelo balanço, a cidade tem uma taxa de 9 pessoas mortas no trânsito para cada 100 000 habitantes. A meta da Organização das Nações Unidades (ONU) é que, em 2021, esse número caia para 6 mortos por 100 000 habitantes.

“A projeção do ano é ainda melhor. Nós entendemos que conseguimos atender essa meta (da ONU) antes do pactuado em virtude das medidas que estão sendo tomadas. Nosso trânsito ainda é muito violento, mas estamos conseguindo resultados muito significativos”, afirmou Haddad. A Prefeitura alega que isso é reflexo, principalmente, da redução da velocidade máxima nas vias da cidade. Até o fim do ano, a medida será adotada em 700 quilômetros de vias.

A diminuição na quantidade de mortes é considerada “simbólica” pela administração pública. A política de redução de velocidade para o padrão 50 quilômetros por hora foi adotada a partir de julho, com a mudança nas marginais do Tietê e do Pinheiros.

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A comparação com o mesmo período de 2014 poderia não surtir o efeito desejado pela prefeitura. É que em julho do ano passado houve antecipação de férias escolares e feriados em dias de jogos da Copa do Mundo. “(O trânsito) começou a se normalizar a partir de agosto. Do ponto de vista da referência estatística, a comparação é mais importante”, afirmou Tatto.

Outros dados

O balanço ainda mostrou redução de 18,5% nas mortes de pedestres, que passaram de 373, de janeiro a agosto do ano passado, para 304 no mesmo período deste ano. Entre os ciclistas, a diminuição foi de 52,7%: 36 mortos em 2014, ante 19 em 2015. Reportagem de VEJA SÃO PAULO motrou que os pedestres são as maiores vítimas do trânsito paulistano, somando quase duas vítimas fatais por dia.

Os dados da CET mostram ainda que 250 motociclistas perderam a vida na cidade nos oito primeiros meses do ano. No ano passado, foram 302 casos, queda de 17,2%.

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Para Roberto Manzini, consultor de pilotagem da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), a política é positiva, mas os motoristas estão “se sentindo mais seguros” para, por exemplo, dirigir e falar ao celular com a redução da velocidade na capital. “O motorista sente que está relaxado e que pode usar o celular, o que é um erro comportamental como o excesso de velocidade”, disse.

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Ainda segundo Manzini, é possível dirigir em São Paulo com velocidade máxima de 50 quilômetros. “Os motoristas precisam ter capacidade de se adaptar e lei não tem de discutir. Basta concordar e ver que funcionou.” 

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