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Prefeitura corta em 35% verba para a Parada Gay

A administração municipal deixou de financiar a feira cultural LGBT e o camarote vip; o evento acontece na Avenida Paulista no próximo dia 7

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 5 dez 2016, 12h28 - Publicado em 18 Maio 2015, 14h57

A prefeitura de São Paulo cortou em 35% a previsão de verbas para a Parada Gay neste ano. O valor investido na edição de 2015 do evento será de 1,3 milhão de reais, contra 2 milhões de reais reservados no ano passado. Para reduzir os gastos, a administração municipal deixou de financiar a feira cultural LGBT, que ocorre dias antes do evento principal, e o camarote vip.

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A Parada Gay será realizada na Avenida Paulista, região central de São Paulo, no próximo dia 7. O corte de recursos está ligado às restrições orçamentárias do governo municipal. Segundo a Secretaria Municipal de Direitos Humanos, parceira da Associação da Parada do Orgulho LGBT na organização do evento, toda a estrutura segue bancada pela prefeitura, desde a Marcha das Lésbicas, que acontece no dia anterior, até o show de encerramento.

Na última edição, as despesas previstas eram de 2 milhões de reais, mas a prefeitura gastou 1,8 milhão de reais. Isso aconteceu porque algumas prestadoras de serviço tiveram que pagar multas por serviços não realizados no evento, de acordo com a administração municipal.

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A feira cultural será feita no dia 4, no Vale do Anhangabaú, também no centro, desta vez bancada pelo governo estadual. “A Parada Gay atrai muitos turistas estrangeiros, o que gera impostos estaduais e federais. A prefeitura não vai pagar essa conta sozinha”, defende Alessandro Melchior, coordenador de políticas para LGBT da Secretaria Municipal de Direitos Humanos. A pasta é parceira da Associação do Orgulho LGBT na organização do evento. O valor previsto para a feira era entre 300 000 e 400 000 reais.

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Já em relação ao camarote vip, segundo Melchior, a avaliação é de que não compensava financiar a estrutura, que custou cerca de 500 000 reais aos cofres públicos no ano passado. “Com toda a estrutura da Parada, que reúne milhares de pessoas, gastamos em torno de 900 000 reais. Não vale a pena investir quase metade disso em um camarote com 800 pessoas”, diz. No local, eram recebidos convidados da prefeitura e da associação. “Para nós, o camarote nunca foi essencial.”

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A Secretaria de Direitos Humanos calculou que esse valor economizado com o camarote é suficiente para manter por quase meio ano o programa Transcidadania, que dá bolsas para que travestis e transexuais estudem. Também informou que os recursos para a coordenadoria LGBT da pasta, antes previstos em 8 milhões de reais, caíram cerca de 58% – agora são 3,4 milhões de reais.

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