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Paleterias enfrentam queda nas vendas e mudam o cardápio

Comidinhas mexicanas, petiscos de boteco e até churrasquinho no palito dividem espaço com os picolés gigantes

Por Mariana Oliveira
Atualizado em 20 jan 2022, 10h04 - Publicado em 13 jun 2015, 00h00

As paleterias eram um negócio inexistente na cidade até o início de 2014. Em um ano e meio, as casas especializadas nos picolés grandalhões que costumam pesar mais de 100 gramas se tornaram presentes a cada esquina. Da primeira inauguração, na Zona Norte, até hoje, são ao menos cinquenta marcas do doce de inspiração mexicana, espalhadas por mais de 130 estabelecimentos, fora as geladeiras em pontos de venda como padarias e supermercados.

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Passada a fase de forte expansão, no entanto, várias casas começaram a acumular prejuízos. Com isso, paira hoje no mercado a ameaça de que os gelados possam cair no esquecimento, a exemplo de outros modismos recentes (alguém se lembra da onda do cupcake?). “Houve uma queda de 80% nas vendas desde março, e precisávamos nos readaptar”, conta Luiz Svartman, que abriu duas unidades próprias da Locos por Paletas em São Paulo no fim de 2014.

Mexicas Fest - Matéria Paleterias
Mexicas Fest – Matéria Paleterias ()

No mês passado, mudou radicalmente o foco na filial da Vila Madalena: agora, o local se chama Locos por Espetos e as guloseimas são coadjuvantes de carne assada espetada no palito. No mesmo bairro, um concorrente adotou estratégia parecida. De olho no público boêmio, os três sócios da El Bigodón Paleteria, na Rua Fidalga, acrescentaram a palavra boteco ao nome do negócio seis meses depois da abertura, em outubro, e também reformularam o menu, com drinques, comidinhas típicas do México e porções em geral.

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Para Ricardo Santos, dono da rede MexicasFest, a má fase não tem a ver só com a chegada das estações frias. “Vendemos 50% menos hoje do que no mesmo período de 2014”, compara. Em abril, a empresa passou a permitir que seus dezesseis franqueados comercializassem tacos, burritos, quesadillas e nachos. “A depender do dia, cerca de 70% do nosso faturamento vem da cozinha e apenas 30% dos sorvetes”, relata Thiago Noronha, proprietário da loja da bandeirana Vila Leopoldina e de outros quatro endereços.

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É preciso, porém, cautela ao decretar ofim das paletas, alerta Renato Santos, consultordo Sebrae-SP. “Se a demanda voltar com o verão, quem descaracterizou demais o negócio poderá ter dificuldade no futuro.”

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