Os sete pecados da Câmara Municipal
Plenário esvaziado, debates empobrecidos e outros maus costumes de nossos 55 vereadores
Entra ano, sai ano, vem uma legislatura, vem outra, continuam chamando a atenção dos cidadãos preocupados com a gestão do bem público e os problemas da metrópole o grau de ineficiência, o despreparo e as irregularidades que se veem na Câmara Municipal de São Paulo. Para grande parte dos eleitores, os atuais vereadores são ineficientes, preguiçosos e pouco confiáveis. Ou seja, não estão à altura da importância de uma cidade como a nossa.
A imagem ruim se tornou evidente numa enquete realizada recentemente por VEJA SÃO PAULO em parceria com o Departamento de Pesquisa e Inteligência de Mercado da Abril Mídia. Os entrevistados deram nota 3 à atuação dos vereadores paulistanos e elencaram como seus principais defeitos a ineficiência das propostas (80%), o pouco apego ao trabalho (70%) e a corrupção (60%). Nesse levantamento, foram ouvidos 1.513 moradores da capital entre os dias 10 e 22 de agosto. “Os próprios vereadores abrem mão do seu poder ao usar o cargo para negociar favores”, avalia o cientista político Carlos Melo, do Insper. Com isso, os eleitores têm grande dificuldade na hora da escolha.
Dos 55 atuais vereadores, 51 concorrem à reeleição no dia 7 de outubro. Devem disputar essas cadeiras com aproximadamente 1.200 candidatos. Tem todo tipo de gente nesse balaio, como peras, tiriricas, mascarados e cacarecos, ao lado de pessoas sérias e com boas propostas.
Nas reportagens a seguir, acompanhe exemplos das más práticas que se tornaram hábito no Palácio Anchieta, a sede do Legislativo municipal, e uma reportagem sobre a importância do papel da Câmara e do principal instrumento capaz de reverter a situação atual: o seu VOTO.