Doze museus surpreendentes que você provavelmente não sabia que existiam
Já ouviu falar de espaços com mostras dedicadas exclusivamente ao óculos e à tatuagem? Descubra quais são estes espaços escondidos pela capital
Já pensou em um museu em que você mesmo integra a coleção? Ou em uma mostra em que se homenagea exclusivamente a criações produzidas em penitenciárias? São Paulo tem espaço para instituições como a Pinacoteca, o MASP e o MAM, mas, também, para os mais diferentes museus dedicados aos mais ousados temas. Veja abaixo doze exemplos destes locais espalhados pela cidade:
1. Museu da Lâmpada
Thomas Edison, inventor da lâmpada, é o deus desse museu. Criado pelos fundadores da Gimawa, grande revendedora de materiais elétricos, o Museu da Lâmpada revela a história da luz, desde a descoberta do fogo até o desenvolvimento das mais modernas tecnologias de iluminação.
Avenida João Pedro Cardoso, 574, Campo Belo, tel. 2898-9358. 9h/18h (seg. a sex.). Doação de 1 quilo de alimento não perecível dá direito a um ingresso. Necessário agendamento pelo site.
2. Museu da Diversidade Sexual
A comunidade LGBT é homenageada no primeiro museu da América Latina dedicado ao tema. Esse espaço, ligado à Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, tem como objetivo preservar o patrimônio dessa comunidade por meio da pesquisa e educação. A mostra Darcy Penteado, o Observador do Humano fica em cartaz até 8 de maio. Artista plástico, escritor, figurinista e cenógrafo, Penteado foi ativista dos direitos humanos e da comunidade gay e também lutou pela redemocratização do Brasil. A exposição apresenta trinta painéis de personagens que ele retratou ao longo da vida.
Estação República do Metrô (piso mezanino, loja 518). 10h/18h (ter. a dom.). Grátis. www.mds.org.br.
Essa instituição não tem acervo, mas constrói sua coleção a partir das histórias que cada um dos visitantes registra por ali. Trata-se de um museu virtual, que já conta com mais de 17 000 histórias de vida, 60 000 fotos e documentos e 25 000 horas de gravação em vídeo. O objetivo se mostra simples: transformar histórias pessoais em fonte de conhecimento. As entrevistas são gravadas todas as quintas, no estúdio do local, depois transcritas, editadas e inseridas no portal do projeto.
Rua Natingui, 1100, Vila Madalena. Agendamento prévio pelo telefone 2144-7150 ou pelo e-mail contesuahistoria@museudapessoa.net. Grátis. www.museudapessoa.net.
4. Museu dos Óculos Gioconda Giannini
A coleção pessoal de Miguel Giannini – dono da marca de mesmo nome – é exposta no segundo andar de um casarão dos anos 20, no centro. São 300 óculos raros, como um peça original chinesa feita no século XVIII, e também usadas por personalidades, como Elis Regina e José Wilker.
Rua dos Ingleses, 108, centro, tel. 3149-4000. 9h/18h (seg. a sex.); 9h/13h (sáb.). Grátis.
5. Museu dos Transportes Públicos
Sete veículos, 1 500 fotos e outros 1 500 livros fazem parte da coleção do museu fundado por Gaetano Ferolla. Hoje administrado pela SPTrans, conta a história dos transportes coletivos em São Paulo, desde 1865, quando foi publicada a primeira tabela de preços para carros de aluguel.
Avenida Cruzeiro do Sul, 780, Canindé, tel. 3315-8884. 9h/17h (ter. a dom.). Grátis. www.sptrans.com.br/museu
6. Instituto Museu e Biblioteca de Odontologia
Aqui, o destista se sente em casa: são mais de 16 000 peças que contam a trajetória da odontologia no país, desde aparelhos até livros e revistas dos séculos XIV, XV, e XVIII.
Rua Voluntários da Pátria, 547, Santana, tel. 2223-2355. 9h/20h (seg. a sex.). Grátis.
7. Museu Penitenciário Paulista
Localizado no antigo Complexo do Carandiru, o acervo apresenta criações dos presos, produzidas em oficinas nas penitenciárias. São cerca de 21 000 peças: as mais interessantes configuram as armas improvisadas e os aparelhos de tatuagem construídos com os mais diversos materiais. Também é possível conhecer as celas escuras, extintas em 1970.
Avenida Zachi Narchi, 1207, Carandiru, tel. 2221-0275. 9h/16h (seg. a sex.). Grátis. museupenitenciario.blogspot.com.br.
Esse museu é uma metalinguagem. Faz uma linha do tempo sobre o tempo. Em outras palavras, conta a história cronológica da invenção do relógio. A ideia veio do apaixonado professor Dimas de Melo Pimenta por relógios e começou com a sua coleção. Hoje, tem cerca de 600 peças, doadas por pessoas do mundo inteiro. Ali, há tipos que você nem mesmo ouviu falar: relógios de sol, de areia, de pulso, de bolso, de mesa, de sala, entre outros. Enfim: dá para sair de lá especialista no assunto.
Avenida Mofarrej, 840, Vila Leopoldina, tel. 3646-4000. 9h/11h30 e 14h/17h (seg. a sex.). Grátis. www.dimep.com.br/museu-do-relogio.
9. Museu Oceanográfico
Tubarão-martelo no formol, arraia empalhada e esqueleto de baleia podem ser vistos por lá. Trata-se de uma maneira de apresentar explicações sobre a vida marinha e mostrar as pesquisas feitas pelo Instituto Oceanográfico da USP.
Praça do Oceanógrafo, 191, Cidade Universitária, Butantã, tel. 3091-6587. 9h/17h (ter. a sex.). Grátis.
10. Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil
A comunidade japonesa em São Paulo é uma das maiores fora do seu país de origem. O museu apresenta as relações nipo-brasileiras por meio de um acervo integrado por 97 000 itens – que são separados com a perfeita organização dos orientais. A história se mostra bem interessante e, como a instituição fica no meio do bairro da Liberdade, dá para continuar com um almoço de comida típica.
Rua São Joaquim, 381, Liberdade, tel. 3209-5465. 13h30/17h (ter. a dom.). R$ 8,00. www.museubunkyo.org.br.
Os apaixonados por tatuagem podem gravar ainda mais desenhos pelo corpo neste estúdio e, também, passar a entender como a tatuagem virou uma cultura tão forte no Brasil. Localizado no Prédio Cadete Galvão, o museu foi criado pelo profissional Polaco e reúne peças intrigantes como máquinas utilizadas em cadeias brasileras e em antigos presídios da Rússia. Pode ser um bom lugar para ter boas ideias para novas tatuagens!
Rua 24 de Maio, 225, centro, tel. 3333-4220. 10h/19h (seg. a sex.). Agendar previamente por telefone. Grátis. www.museutattoobrasil.com.br.
12. Museu do Crime
Este Museu da Polícia Civil reúne 3 000 objetos que mostram o trabalho da polícia na investigação e apuração de delitos. Tenebrosos casos – como o crime do restaurante chinês, o episódio da Rua Apa, entre outros – estão catalogados neste pequeno espaço pertencente à Associação dos Investigadores de Polícia do Estado de São Paulo (AIPESP).
Praça Professor Reynaldo Porchat, 219, Cidade Universitária, tel. 3468-3360. 8h/17h (ter. a dom.). Grátis. www.policiacivil.sp.gov.br.