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Morre jovem que aguardava ‘pílula do câncer’ no interior de SP

Bruno Cauã Ramos fazia tratamento contra treze tumores localizados na cabeça

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 5 dez 2016, 11h52 - Publicado em 20 nov 2015, 21h42

O músico Bruno Cauã Ramos, de 27 anos, que foi à Justiça para conseguir cápsulas da fosfoetanolamina sintética, conhecidas como ‘pílulas do câncer’, morreu nesta sexta-feira (20), em Botucatu, interior de São Paulo, sem ter conseguido usar a substância.

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A liminar dada pela Justiça para o fornecimento das cápsulas estava entre as que foram anuladas pela decisão do Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo, no último dia 11, determinando à Universidade de São Paulo (USP) a suspensão do fornecimento do composto. De acordo com o TJ, a substância não foi testada em seres humanos e pode acarretar graves consequências aos pacientes.

A mãe de Bruno, Ana Rosa Natale, de 54 anos, chegou a fazer greve de fome em outubro, em frente ao Instituto de Química da USP em São Carlos, na tentativa de receber as cápsulas. Na ocasião, ela contou à reportagem que o filho havia apresentado câncer de pele em 2011, mas controlou a doença com tratamento. No início deste ano, a doença voltou mais forte e os médicos detectaram treze tumores em sua cabeça.

O músico estava sendo tratado no Hospital do Câncer de Jaú, porém, sem chances de cura, segundo os médicos, ela decidiu recorrer às cápsulas da USP.

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Conhecido pelo nome artístico de Bruno Kayran, apresentava-se em bares e casas noturnas da cidade e era bastante requisitado. Desde que ficou doente, os amigos acompanhavam seu drama pela página na rede social “vamos salvar a vida do Bruno Kayran”, mantida pela mãe. 

Desde a proibição da fosfoetanolamina pelo TJ, a página abrigava também uma petição pública coletando assinaturas de apoio a um recurso especial visando a liberação da substância pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A mãe usou a rede social para comunicar a morte do filho e a página ganhou uma tarja de luto. 

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