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Tiago Abravanel: meu avô e eu

Apenas na adolescência o ator percebeu o tamanho da fama de Silvio Santos

Por Dirceu Alves Jr.
Atualizado em 5 dez 2016, 17h16 - Publicado em 6 abr 2012, 09h00

Muita gente se espantou ao saber que o desconhecido Tiago Abravanel estava cotado para protagonizar “Tim Maia — Vale Tudo, o Musical”. O diretor João Fonseca resistiu a aceitá-lo nos testes, como havia sugerido o produtor Sandro Chaim. “Tinha visto ‘Hairspray’ e nem me lembrava da participação dele”, diz Fonseca.

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Amigo do cantor e autor do roteiro do espetáculo, o escritor Nelson Motta não se conteve ao descobrir o nome do escolhido nas audições. “Paulistano, branco e ainda por cima neto de Silvio Santos. Isso não pode dar certo!”, disparou Motta. “Mas depois de ouvi-lo cantar ‘Azul da Cor do Mar’ percebi que era só dar uma bronzeada na pele e colocar um cabelo black power. Enxerguei o Tim no palco.”

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Oito meses depois da estreia, ninguém questiona sua escolha. Há uma coincidência curiosa. No fim da década de 40, o jovem carioca Senor Abravanel montou a primeira banca de camelô na Praça Tiradentes, reduto boêmio da região central da cidade. Ali já se localizava o Teatro Carlos Gomes, palco da estreia de “Tim Maia — Vale Tudo, o Musical” no ano passado.

Uma das mais fortes lembranças que envolvem Tiago e o avô aconteceu também na capital fluminense. Homenageado da escola de samba Tradição no Carnaval de 2001, Silvio organizou um raro programa coletivo e levou os filhos e netos para assistir ao desfile na Marquês de Sapucaí. Todos ficaram hospedados no apartamento do apresentador na Praia do Leblon. “A gente só se encontrava em datas comemorativas”, diz Tiago. “Visitávamos a casa dele em seu aniversário, muito raramente na Páscoa ou na data do Ano-Novo judaico. Nos meus aniversários, o meu avô nunca aparecia.”

Foi durante a estada carioca que Tiago, aos 13 anos, finalmente conheceu a força da figura pública do avô, sempre negada por causa da escassa convivência. Em uma tarde, Silvio surpreendeu os netos e saiu à procura de uma lanchonete McDonald’s. “Eu e minha irmã mais velha fomos junto e, em dois minutos, o lugar virou a maior confusão, chegando até a polícia para que nós pudéssemos voltar seguros para casa”, lembra Tiago. “Pela primeira vez eu vi meu avô da mesma forma que todo mundo e percebi a verdadeira dimensão da fama de Silvio Santos.”

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