Professores e funcionários da USP farão greve a partir de terça (27)
Unicamp e Unesp também aderiram
Em assembleia na noite de ontem, professores e funcionários da USP decidiram fazer greve por tempo indeterminado a partir de terça-feira (27). Os sindicatos das categorias se reuniram após nova rodada do Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas), que prorrogou a discussão da data-base para período entre setembro e outubro. A reposição salarial ocorre geralmente em maio.
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Na semana passada, o Cruesp já havia anunciado o congelamento dos salários na USP, Unesp e Unicamp em razão da crise financeira das entidades. Os profissionais requerem reajuste de 9,78% – 3% de defasagens acumuladas mais inflação dos últimos 12 meses.
De acordo com o conselho, os gastos com salários vêm comprometendo demasiadamente as receitas das três universidades. Na USP, 104,22% do orçamento é destinado para a folha de pagamento. Na Unicamp e na Unesp, os percentuais são de 96,52% e de 94,47%, respectivamente.
Unicamp e Unesp realizaram assembleias ao longo desta quinta-feira (22) e também aderiram à greve. Na Unesp, em nove dos 24 campi foi decretada a greve, entre eles Bauru, Botucatu, Franca, Araraquara, Ilha Solteira, Presidente Prudente e Jaboticabal.
Também na terça-feira (27), o Fórum das Seis – órgão criado para representar os servidores – planeja uma audiência pública na Assembleia Legislativa de São Paulo. A partir das 14h, será discutida a crise financeira das universidades.