Seca faz governo “comprar chuva” por 3,6 milhões para o Alto Tietê
Técnica de precipitação induzida vem sendo usada também no Sistema Cantareira desde o começo do ano
Depois de anunciar a utilização do volume morto do Alto Tietê a partir do mês que vem para abastecer a capital, o governo estadual vai lançar mão de outro artifício já testado no Cantareira: a produção artificial de chuva. O governador Geraldo Alckmin contratou a empresa Modclima por 3,6 milhões de reais para fazer chover sobre as represas Ponte Nova, Paraitinga, Biritiba-Mirim, Jundiaí e Taiaçupeba.
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O trabalho da Modclima consiste em, com a ajuda de um avião, introduzir água potável em nuvens. Desde o início do ano, a mesma tecnologia vem sendo usada no Sistema Cantareira e agora será aplicada também no Alto Tietê, que conta com apenas 22% da sua capacidade.
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De acordo com a Sabesp, as chuvas artificias no Cantareira resultaram em um acréscimo de 11 bilhões de litros de água no sistema. No entanto, não foi suficiente para evitar a seca: o volume útil das represas secou e, desde maio, São Paulo é abastecida com a água do volume morto dos mananciais.
Sistema Alto Tietê
Até o começo de 2014, cerca de 9 milhões de pessoas na Grande São Paulo eram atendidas pelo Sistema Cantareira. Com a seca, o governo “migrou” 1,6 milhão para as represas do Alto Tietê e da Guarapiranga. Hoje, o Alto Tietê é responsável pela água que chega principalmente à Zona Leste da capital, abastecendo mais de 3 milhões de moradores.
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