“Me dediquei a ele com muito carinho”, diz viúva de Maksoud
Em entrevista exclusiva, Georgina Maksoud afirma que não mantinha o marido em cárcere privado, como acusaram seus filhos, e que eles eram livres para visitar o pai
Georgina Maksoud, viúva do empresário Henry Maksoud, que morreu no dia 17 de abril, concedeu entrevista exclusiva a VEJA SÃO PAULO. Ela começou a relação com o fundador do Hotel Maksoud Plaza nos anos 80, quando era manicure e fazia as unhas dele e de sua mulher na época, Ilde. Acusada de negligência pelos filhos do patriarca, ela se defende: “Sempre me dediquei ao meu marido com muito carinho”.
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Na sua opinião, por que existe essa briga? Acredita que os filhos de Henry querem tirá-la da partilha de bens? Não existe briga alguma sobre partilha de bens até este momento. Ao menos que eu saiba.
Os filhos de Henry dizem que a senhora os impedia de visitá-lo. Eles sempre foram livres para visitar o pai.
A senhora deixou um recado na entrada do Hospital Albert Einstein para que não pudessem subir ao quarto. Por quê? Não lembro desse fato. Eu lembro deles visitando o pai diversas vezes. Até fotos tiraram desses encontros e as apresentaram em alguns processos – e somente informo isso porque são processos que não estão em segredo de Justiça.
Segundo a outra parte, a senhora não daria atenção especial ao seu marido no que diz respeito aos cuidados com a saúde. É verdade? Em trinta e três anos de casamento, sempre me dediquei ao meu marido com muito amor e carinho.
O que diz sobre a acusação de que Henry era mantido em “cárcere privado”? Ele tinha acesso às chaves do carro? Saía sozinho? Meu marido tinha motorista. Nos últimos meses estava em casa, havia um “home care” montado para o seu conforto e tratamento. Havia enfermeiros e médicos diariamente à sua disposição. Alguém mandou a polícia investigar esse “cárcere privado”. Os policiais estiveram lá em casa e puderam ver que foi uma denúncia anônima infundada.
Quais eram os problemas de saúde de seu marido? Por que a senhora não deixou que os filhos dele tivessem acesso ao prontuário e que, por isso, solicitassem o documento por meio de uma ordem judicial? Meu marido morreu em razão de complicações de um câncer. O prontuário é um documento pessoal. Se eles queriam esse prontuário deveriam pedir ao meu marido, não a mim.