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Franquias de paletas mexicanas custam a partir de 90 000 reais

Para consultor do Sebrae, “se você pretende abrir uma paleteria, a hora para ganhar dinheiro é agora”; confira o esquema em três empresas

Por Meriane Morselli
Atualizado em 28 dez 2016, 16h34 - Publicado em 21 out 2014, 17h23

A paleta, o picolé mexicano tamanho gigante oferecido em versões recheadas e de frutas, tomou a cidade em 2014. Pelo menos sete redes se estabeleceram por aqui no último ano, firmando o doce como a onda gastronômica da temporada. As filas animam empreendedores, que veem ali uma bela oportunidade de negócios. Mas, afinal: vale a pena abrir uma franquia desse negócio?

O consultor do Sebrae-SP Haroldo Matsumoto começa alertando: “Se você pretende abrir uma paleteria, a hora para ganhar dinheiro é agora”.

Como muitos outros negócios da moda, a tendência é que a concorrência fique bastante acirrada e que a demanda dos consumidores diminua com o tempo. À medida em que a febre passar, os preços vão baixar e só quem tiver estrutura para continuar a operar dessa forma conseguirá manter o negócio de pé. “Vale cobrar mais caro só porque é novidade”, diz Matsumoto. Segundo ele, os sorvetes que chegam a 9 reais atualmente deverão cair à faixa de 4 a 5 reais no futuro, mas é impossível prever quando isso vai ocorrer.

+ Avaliamos as feiras gastronômicas da cidade

Um caso bem-sucedido nessa área é a vencedora de melhor sorvete da edição especial “Comer & Beber” 2014, a Me Gusta, fundada aqui na capital pelos amigos e chefs Ravi Leite e Gabriel Fernandes. A dupla começou há cerca de um ano com uma produção de 600 unidades por semana e hoje faz 4 000 por dia, vendidas por preços entre 7 e 8 reais. Eles atuam em feiras gastronômicas e montaram um ponto na Rua Augusta, no qual o maior hit é o sabor de morango com leite condensado. Embora os proprietários não operem com o sistema de franquias, o modelo que começa a se espalhar por todo o país.

 

Pioneira ao introduzir os sorvetões mexicanos por aqui, a Los Paleteros foi inaugurada em dezembro de 2012 em Balneário Camboriú, no litoral de Santa Catarina, com a intenção de pulverizar franquias pelo Brasil. Entre a primeira loja e a primeira filial, foram apenas quatro meses e eles pretendem fechar 2014 com 72 unidades em oito Estados. “Só as franquias faturaram 40 milhões de reais neste ano”, conta Gean Chu, o diretor executivo da empresa. Duas fábricas localizadas no Paraná são responsáveis por abastecer todos os pontos do país e produzem 1,4 milhão de picolés por mês – são 25 sabores que custam de 6 a 8 reais cada.

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+ Conheça os vencedores do “Comer & Beber” 2014

LOS PALETEROS

Para abrir uma franquia da Los Paleteros, gastam-se entre 220 000 e 430 000 reais. A previsão de retorno é “a partir de doze meses”, e o faturamento médio é de 160 000 reais por mês. “Somos conservadores quanto a isso, mas, em alguns casos, o retorno ocorreu em apenas quatro meses”, conta Chu. Consciente de que se trata de um negócio da moda, ele garante que o modelo criado pela Los Paleteros pode se sustentar apesar da concorrência. “Temos 7 000 pessoas interessados na fila”, afirma. Na capital, há oito endereços. Saiba aqui como se tornar um franqueado.

PALECOLÉ

Mariana Marques, de 18 anos, se surpreendeu com o meteórico crescimento da Palecolé, também com sede em Balneário Camboriú. “Minha família investiu 250 000 reais e recuperamos tudo em dois meses”, comemora. Em julho, eles passaram a oferecer franquias e concretizaram quinze negócios. Até dezembro terão trinta unidades pelo Brasil, incluindo uma no bairro paulistano da Mooca. Para se tornar proprietário de uma Palecolé, devem ser desembolsados de 90 000 reais (microfranquia para cidades com até 50 000 habitantes) a 154 000 reais (loja), com previsão de retorno de investimento de doze meses. “Queremos encerrar 2015 com 100 franqueados pelo país”, planeja Mariana. Os interessados podem entrar em contato pelo telefone (11) 3042-3880 e a previsão de retorno de investimento para os franqueados é de quatorze meses.

palecolé

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LOS PRIMOS

A Los Primos, localizada no Tatuapé, começa a operar com franquias no começo de 2015. Até o fim do ano que vem, eles pretendem estar com pelo menos uma filial franqueada em cada Estado brasileiro. “Temos mais de 500 pessoas na fila em busca desse modelo de negócio”, explica a diretora de marketing Luciana Coca. De acordo com ela, a maioria dos interessados é de São Paulo, Cuiabá e Rio de Janeiro. O custo total aproximado para a abertura será de, no mínimo, 235 000 reais e o retorno do investimento está previsto para quinze meses. “Nosso foco são as lojas de rua, nada de shopping”, anuncia. Para abastecer todos os pontos, foi montada uma fábrica de 1 000 metros quadrados em Alphaville. Estão prometidos para novembro pontos próprios em Alphaville, Mooca, Panamby, Vila Mascote e Riviera de São Lourenço, no litoral. Cada sorvete custa de 7 a 9 reais. Para se candidatar a abrir uma franquia, envie um e-mail para contato@losprimospaleteria.com.br.

Franquia ou loja própria?

Haroldo Matsumoto aponta as vantagens de se abrir uma paleteria própria: ter liberdade de alocar o dinheiro aonde achar melhor, ter um preço mais competitivo por não ter de pagar as taxas da franqueadora e poder escolher a diversificação do produto, por exemplo, oferecendo sucos além do sorvete. Entre os pontos negativos desse modelo estão os riscos, maiores por não haver um pioneiro por trás, e o posicionamento no mercado terá de ser feito pelo proprietário, o que necessita de maiores investimentos em marketing e propaganda.

Quem quiser optar por uma franquia deve colocar na balança que um negócio teoricamente consagrado e com visibilidade e investimentos em divulgação está atrelado a taxas e limitações impostas pelo franqueador. “Dependendo da agressividade da expansão, muitas vezes as lojas concorrem entre si numa determinada região”, analisa Matsumoto. 

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