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Estúdio paulistano volta a produzir fitas cassete

No Bixiga, empresários compram máquina de duplicação

Por Juliene Moretti
Atualizado em 5 dez 2016, 11h38 - Publicado em 19 fev 2016, 23h00

Em janeiro, os produtores musicais Fernando Lauletta e Luis Lopes, do estúdio de gravação FlapC4, no Bixiga, publicaram em suas páginas do Facebook um vídeocom a mais “nova” aquisição do endereço. Era a duplicadora de fitas cassete Kaba Research & Development, fabricada nos anos 90. “Compramos porque a gente gosta de velharia”, conta Lauletta, sobre o trambolho de 10 000 reais.

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A ideia é que fosse mais um dos recursos vintage do espaço à disposição dos artistas que passam por lá, a exemplo de microfones da década de 50. A surpresa: em duas semanas, eles receberam mais de trinta encomendas de selos de música independente para gravações no antigo formato. “Tivemos de correr para comprar as fitas virgens.” O primeiro lote de 5 000 fitas que chegará dos Estados Unidos tem destino certo.

O início da produção está previsto para março e será possível criar 100 cópias por hora. “Venderemos a unidade por 10 a 13 reais, e o consumidor final deverá pagar cerca de 20 reais”, diz Lopes. A novidade vai chegar pouco antes da estreia da única fábrica de discos à moda antiga da cidade, a Vinil Brasil, a ser inaugurada na Barra Funda até junho.

“Algumas frequências das músicas não são percebidas numa gravação digital, daí esse retorno”, avalia o produtor musical Alexandre Sesper, fundador do selo Outprint, especializado em lançar artistas de rock, eletrônico e dub por meio de cassetes. “O mercado de fitas está aquecido nos Estados Unidos desde 2013”, diz ele, que adquire os itens na Argentina e nos Estados Unidos.

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+ Confira a programação de shows para o fim de semana

No cenário alternativo, especialmente do rap e do metal, as fitas são distribuídas como suvenires aos fãs em shows. No exterior, no entanto, já há estrelas da música associando-se ao negócio. Em abril de 2015, o Metallica disponibilizou 100 cópias de No Life‘Til Leather, de 1982. Se a moda pegar, só resta tirar a poeira do velho walkman.

Lado A, lado B

As vantagens das antigas magnéticas

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› O som analógico é mais próximo do original, com detalhes que a mídia digital não é capaz de reproduzir

› Mais barato do que um disco de vinil, o cassete é um meio de divulgar a banda sem perder o charme da arte do encarte

› O item ganhou aura ainda mais descolada depois que Metallica e Weezer adotaram o formato

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