Fidelix diz que ‘não corre do pau’ e que declarações não foram homofóbicas
Candidato do PRTB à Presidência causou polêmica no debate do último domingo (28) ao criticar casamento gay
Após causar polêmica em debate de candidatos à Presidência, Levy Fidelix (PRTB) disse nesta terça-feira (30) que “não corre do pau” e que sua posição sobre casamento gay não é homofóbica. As afirmações foram dadas ao jornal O Estado de S. Paulo.
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No último domingo (28), na TV Record, suas declarações após pergunta da candidata Luciana Genro sobre casamento gay foram vistas como homofóbicas. “Aparelho excretor não reproduz (…). Vamos acabar com essa historinha”, disparou ele.
Fidelix disse ainda nesta terça que recebeu mensagem de solidariedade do deputado Jair Bolsonaro (PP), também contrário ao casamento gay. “Eu não corro do pau. Minha posição é a mesma, não é nada de homofobia. Ao contrário, defendo a posição do pai, da mão, da família tradicional. E nem por isso é discriminação. Discriminação é o que fazem comigo, me chamando de nanico. Não me dão o espaço que preciso e mereço”, afirmou ao jornal.
As declarações de Fidelix durante o debate na Record provocou reações. A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência deve encaminhar ainda nesta terça ao Ministério Público uma denúncia contra Fidelix por incitação ao ódio e discriminação. A Comissão Especial de Diversidade Sexual da OAB também protocolou na Procuradoria-Geral Eleitoral e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um pedido requerendo a cassação da candidatura de Fidelix. A entidade pediu ainda direito de resposta.
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Na segunda-feira (29), a presidenciável Luciana Genro e o deputado federal Jean Wyllys, ambos do PSOL, haviam entrado com representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra o político. Além disso, outros candidatos se manifestaram contra as declarações de Fidelix. Ainda nesta terça grupos que defendem os direitos dos homossexuais promoverão um beijaço LGBT em protesto, às 17h, na Avenida Paulista. Na página do evento criada no no Facebook, 7,4 mil pessoas confirmaram participação no ato.
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Sobre isso, Fidelix afirmou que as entidades que moveram ações contra ele por causa das declarações são pagas com dinheiro público e também acusou o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinicius Coelho, de instrumentalizar o órgão que, segundo disse, deveria ser imparcial e não posturas antidemocráticas.
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