Polícia investiga caso de estupro coletivo no Ibirapuera
Uma outra ocorrência de abuso sexual aconteceu na mesma região, na noite do último domingo (17)
Na madrugada desta segunda (18), uma mulher de 18 anos denunciou um estupro coletivo ocorrido dentro do Parque Ibirapuera. Natural de Jundiaí, a vítima afirma ter sido abordada por seis homens no momento em que se relacionava sexualmente com outro rapaz. Ela diz que foi forçada a fazer sexo com todos do grupo. Enquanto isso, seu acompanhante fugiu levando seus pertences.
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O local do crime relatado na ocorrência do 27º Departamento de Polícia foi o portão 6 do parque, que fica na altura do número 950 da Avenida Quarto Centenário. Segundo o boletim, a vítima foi violentada por cerca de uma hora e trinta minutos. A jovem disse ter feito uso de bebida alcoólica e cocaína e foi enviada ao Projeto Bem Me Quer para procedimentos médicos e psicológicos.
Na mesma noite, também foi notificado outro caso de estupro a uma menor de 16 anos próximo ao portão 3, na Avenida Pedro Álvares Cabral. Antes de ir ao 27º DP, a jovem foi socorrida por um agente da Guarda Civil Metropolitana que trabalhava no Parque Ibirapuera, levada ao pronto-socorro do Hospital São Paulo, e depois deslocada para o Hospital Pérola Byington.
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A vítima estava com uma amiga e reconheceu seu agressor como um “assíduo frequentador do parque”, com quem passou o fim da tarde conversando e bebendo vodca e uísque. No momento em que se despediu, a jovem foi seguida e conduzida para próximo de uma árvore. Mesmo afirmando que não ofereceu resistência por falta de consciência devido ao efeito alcóolico, ela conta que somente conseguiu fugir no momento em que empurrou o molestador.
Os dois casos foram levados nesta segunda (18) para o 36º DP, que não funciona aos finais de semana, para a continuação das investigações.
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Ainda não há uma relação direta, mas os dois crimes ocorreram no dia do evento chamado Rolezinho no Ibirapuera – Encontro do Beijo. No Facebook, uma nova edição já está marcada para o próximo domingo (24), com mais de 5 000 pessoas confirmadas. Além disso, a Polícia Militar recebeu uma ocorrência de furto dentro do estacionamento do parque, por volta das 17h30. De acordo com a PM, somente o aparelho de som do automóvel foi levado e nenhum suspeito foi preso até o momento.
A organização Parque Ibirapuera Conservação – Associação de Amigos do Parque postou em sua página oficial uma declaração contra o evento. “Enquanto removíamos esta pichação hoje cedo, descobrimos que, neste domingo, no houve dois estupros. Esta pichação foi deixada por vândalos que acompanham os encontros de jovens. A negligência em atuar de maneira incisiva e tratar estes mesmos encontros públicos (rolezinho, do beijo, poliamor etc.) com dezenas de milhares de pessoas com o mesmo protocolo de um “evento” deixou marcas muito mais severas nestas pessoas violentadas, marcas que, ao contrário das pichações, nunca poderão ser apagadas. O parque precisa de um regulamento sólido e força para implementá-lo. O parque precisa mudar. #ibiraamoecuido”, disseram.
Procurada, até o fechamento desta reportagem a administração do Parque do Ibirapuera não se manifestou.